16/12/2011


HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Casa absorve um terço 
das despesas das famílias

As despesas relacionadas com a habitação pesam cada vez mais nos orçamentos dos particulares. No início deste século, os gastos relacionados com a casa representavam cerca de 20%, mas actualmente já absorvem 29,2%.

Em média, a despesa anual das famílias, ascende a 20.400 euros, e quase um terço deste valor é gasto na prestação do empréstimo à habitação (ou renda) e nas contas da água luz e gás. Dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas no âmbito do inquérito às despesas das famílias, mostram que a estrutura de gastos domésticos tem sofrido uma alteração significativa ao longo dos últimos anos.

Recuemos a 1990. Nessa altura, a conta do supermercado representava claramente a despesa mais significativa dos particulares, pesando então 29,5%. Actualmente, mostram os dados do INE, os gastos com produtos alimentares e bebidas não alcoólicas pesam 13,3% das despesas totais. Já a casa fez exactamente o percurso inverso.

Ao longo destas duas décadas o peso dos gastos com transportes manteve-se praticamente inalterado, rondando os 15%. Já a parcela do rendimento destinada a gastos com saúde e lazer, distracção e cultura foi aumentando ao longo deste anos.

Por comparação com o anterior inquérito (que reporta o comportamento das famílias em 2005/2006), observa-se que a despesa anula média dos agregados cresceu 15,9%, em termos nominais (5,9% em volume). Traduzindo em euros, há meia dúzia de anos, a despesa era de 17.607 euros e agora ronda os 20.400 euros.

Em termos regionais, verifica-se que em Lisboa e no Norte os valores da despesa por família ultrapassam a média nacional (sendo de 22.384 euros e 20.671 euros, respectivamente). Já as restantes regiões apresentam valores abaixo à média nacional, com o Alentejo e os Açores a surgirem no final da tabela com 18.319 e 18.037 euros, respectivamente.


* Não é um terço, é um rosário de lágrimas...

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