06/12/2011



HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

PS acusa Governo de fazer 
nomeações partidárias de dirigentes
para a administração pública

O PS acusou hoje o Governo de estar a fazer nomeações partidárias de dirigentes da administração pública, aproveitando o facto de a lei que estabelece a regra do concurso público ainda não se encontrar em vigor.

A crítica foi feita pela vice-presidente da bancada socialista Sónia Fertuzinhos, na Assembleia da República, numa declaração em que considerou a actuação do Governo "incompreensível" e "inaceitável" no que respeita a critérios de nomeações.

"É incompreensível e inaceitável tendo em conta tudo aquilo que o Governo e a maioria PSD/CDS prometeram relativamente à nomeação de dirigentes da Administração Pública, que supostamente passariam a ser por concurso público, mas também face à nova lei que o Governo propôs à Assembleia da República", apontou a dirigente da bancada do PS.

Por esse diploma do Governo, aprovado recentemente pela maioria PSD/CDS, as nomeações de dirigentes da administração pública seriam feitas por concurso público.

"O Governo aproveita o facto desse diploma ainda não se encontrar em vigor para agora usar a filiação partidária como critério para as nomeações de cargos dirigentes da administração pública, fazendo tudo ao contrário daquilo que prometeu aos portugueses", acusou Sónia Fertuzinhos.

A dirigente socialista especificou em seguida que houve nomeações com base no critério partidário nos institutos de Emprego e de Segurança Social, nos centros distritais da Segurança Social e das administrações hospitalares.

Interrogada se o critério das nomeações partidárias na administração pública não era uma prática já existente no passado, Sónia Fertuzinhos respondeu, socorrendo-se da posição de princípio da maioria PSD/CDS em relação a esta matéria.

"Esta maioria [PSD/CDS] sempre defendeu a regra do concurso público


* "DIZ O ROTO AO NÚ, TAPA-ME O CÚ"


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