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Portugal lidera no recurso
ao 'factoring', que já vale 17% do PIB
Os créditos tomados pelo ‘factoring’ representaram 17,08 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) português no primeiro semestre deste ano, o que coloca Portugal na liderança dos mercados europeus, avançou hoje a Federação Europeia de Factoring e Financiamento Comercial.
O ‘factoring’ consiste na tomada de créditos a curto prazo por uma instituição financeira que adianta à empresa as verbas devidas pelos seus clientes.
Segundo a Federação europeia deste sector, que analisou os dez países que, por si só, representam 90 por cento do volume global de créditos tomados na Europa, Portugal, naquele período, liderou o ‘ranking’ destes mercados, à frente do Reino Unido (14,24 por cento do PIB), da Irlanda (11,5 por cento), Espanha (10,8 por cento), Itália (10,6 por cento) e da Bélgica (10,1 por cento do PIB).
Naquele período, os créditos tomados pelo sector do ‘factoring’ em Portugal ascenderam a 14,4 mil milhões de euros.
Por sua vez, na primeira metade do ano, o volume de créditos tomados pelo ‘factoring’ nos dez países - Portugal, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Polónia, Espanha e Reino Unido - atingiu os 479 mil milhões de euros, representando 9,5 por cento do Produto Interno Bruto global, segundo um comunicado hoje divulgado.
A nota da Federação destaca também que na Europa o recurso ao ‘factoring’ “aumentou exponencialmente” nos primeiros seis meses do ano.
O crescimento dos créditos tomados por este conjunto de países europeus foi de 18 por cento no primeiro semestre, um valor superior ao observado no período homólogo de 2010 (17 por cento).
“Esta subida representa 9,5 por cento do PIB europeu, o que é um claro indício de que o ‘factoring’ é cada vez mais uma fonte de financiamento da economia europeia”, salientou Luis Reis Santos, vice-presidente da ALF – Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting e responsável pela área do Factoring.
“Acreditamos que os agentes económicos, em particular o sector empresarial, estão a ficar cada vez mais consciencializados do potencial deste produto financeiro, nomeadamente numa ótica de fonte alternativa de financiamento numa conjuntura de restrições em matéria de crédito (…), pelo que nas suas diferentes vertentes o Factoring pode ajudar a impulsionar a economia nacional”, salientou.
* Não é uma boa liderança, estamos no "prego"
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