Cada conselho europeu custa cerca
de 10 milhões de euros
Cada cimeira europeia que se realiza em Bruxelas custa cerca de 10 milhões de euros, indicam dados recolhidos pela agência EFE na sequência da proposta franco-alemã de se fazerem cimeiras mensais enquanto durar a crise na zona euro.
O número 10 milhões de euros foi calculado a partir de diferentes verbas que instituições europeias aceitaram dar à agência noticiosa espanhola e inclui os gastos com a organização de um conselho europeu no edifício Justus Lipsius, em Bruxelas, o destacamento policial e de segurança privada, assim como as deslocações e alojamento de cada comitiva dos 27 Estados-membros.
O custo das cimeiras é, portanto, dividido pelo orçamento comunitário (organização e segurança, por exemplo) e pelos Estados-membros (deslocações, alojamento).
Fontes comunitárias indicaram à agência espanhola que se regista em regra um gasto extra de cerca de 500 mil euros em pessoal adicional – as despesas com o pessoal fixo estão incluídas no orçamento da instituição -, comunicações, alimentação, segurança do edifício e segurança dos chefes de Estado e de governo.
O relatório de atividade do conselho europeu relativo a 2010, documento que é público, indica que o custo total das seis cimeiras realizadas nesse ano foi de 6,5 milhões de euros, ou seja, cerca de um milhão de euros por cada reunião. Mas, segundo a EFE, essa é apenas uma pequena parte do custo total.
A maior parte dos gastos decorre do dispositivo de segurança mobilizado na capital belga, mais concretamente em volta da sede do conselho europeu.
Esse dispositivo inclui o encerramento da estação de metro Schuman, o corte do trânsito e o estabelecimento de um perímetro de segurança em volta do edifício e o acompanhamento das comitivas nacionais por motorizadas da polícia.
À EFE, o centro de crise do Ministério do Interior belga indicou que os últimos números disponíveis datam de 2007, ano em que se realizaram três cimeiras em Bruxelas. Nesse ano, o custo total foi de 25 milhões de euros, ou seja, mais de oito milhões por cada reunião de chefes de Estado e de governo.
Outra verba considerável é a que é gasta por cada delegação, que normalmente inclui o presidente, o primeiro-ministro, secretários de Estado, assistentes, pessoal do protocolo e seguranças. Este número varia de país para país.
Na última cimeira europeia, realizada a 26 de outubro, a Finlândia levou a Bruxelas uma delegação de 14 pessoas, enquanto a Alemanha levou 31, disseram os porta-vozes das respetivas representações junto da UE à EFE.
O alojamento das delegações também varia, mas a maioria das comitivas fica alojada em hotéis próximos das instituições europeias. O primeiro-ministro espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, e a sua comitiva ficaram sempre, segundo a EFE, num hotel da cadeia Sofitel onde o preço por noite por pessoa é em média de 185 euros.
O custo das deslocações de cada delegação é mais difícil de estabelecer, na medida em que vários dirigentes viajam em aviões oficiais.
Um outro custo elevado é o que é suportado pelos meios de comunicação que enviam jornalistas para cobrir as cimeiras e fazem centenas de diretos televisivos, alugando tempo de satélite a um preço médio de 250 euros por 10 minutos.
O serviço de imprensa do conselho europeu não confirmou à agência espanhola nenhum dos números relativos ao custo de uma cimeira, mas considerou-os “aproximados”, sublinhando que eles dependem do tipo de reunião, duração e número de participantes.
IN "i"
07/12/11
JÁ PERCEBEU PORQUE
PAGA TANTO???
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