13/10/2011



HOJE NO
"DIÁRIO  DE NOTÍCIAS"


"Poder totalitário quer suprimir religiosidade do mundo"

O Arcebispo de Moscovo, Paolo Pezzi, alertou hoje, em Fátima, para a tendência do "poder totalitário" suprimir a dimensão religiosa da sociedade, afirmando que "o poder deste mundo odeia tudo o que dá glória a Deus"

Na homilia da principal eucaristia da peregrinação de 13 de Outubro, Paolo Pezzi afirmou que "não é por acaso que todo o poder totalitário - e a história recente o demonstra tragicamente - teve como fim principal (...) remover no povo a memória, a recordação viva da própria história e, especialmente, quanto desta história está ligada à dimensão religiosa".

Segundo o responsável pela Arquidiocese de Moscovo, "é na memória da ligação ao Absoluto, ao Mistério de Deus, que reside ultimamente a raiz da liberdade dos homens em relação a qualquer poder mundano".

E é esta ligação que "o poder deste mundo tem interesse em cortar, arrancando-a das consciências", disse Paolo Pezzi, frisando que "o que o poder deste mundo odeia é mesmo a religiosidade".

Já na noite de quarta-feira, o arcebispo alertara que "o poder deste mundo odeia tudo aquilo que dá glória a Deus".

Na homilia da primeira missa da peregrinação, Paolo Pezzi disse que a "história recente é marcada pela dolorosa destruição dos templos de pedra, das igrejas".


E perante os milhares de peregrinos presentes na esplanada do Santuário - embora em número inferior ao registado em peregrinações de anos anteriores -, questionou: "quantas igrejas foram destruídas na Rússia no século passado, tornando invisível a humanidade nova que nasce da fé, com o único objetivo de eliminar aquela beleza que com a sua presença atrai os homens para Deus".

Hoje, aproveitou também para citar o papa Bento XVI, que na homilia da última Missa Crismal, na Páscoa, disse que "os cristãos deveriam tornar visível ao mundo o Deus vivo" e questionou se o povo de Deus não se tornara "em grande parte um poco marcado pela incredulidade e pelo afastamento de Deus?".

A peregrinação que hoje termina assinalou o 94.º aniversário das "aparições marianas" da Cova da Iria.


* Estranha esta homilia. É um facto que o poder bolchevique perseguiu as religiões na ex-URSS e chacinou fieis. Mas também é verdade que a Igreja católica apoiou Franco, Salazar, Mussolini entre outros para não falar de apoio encapotado ao III REICH.


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