13/10/2011


HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"


Acesso à saúde sem garantias

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou ontem no Parlamento que a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não está garantida e anunciou para Janeiro o aumento das taxas moderadoras. As novas tabelas, cujo valor não revelou, são para aplicar a partir de Janeiro e para vigorar durante todo o ano de 2012.


Paulo Macedo, que respondia às perguntas da Oposição, afirmou ainda que os "cortes são necessários para que o SNS possa perdurar para além da crise".

Acrescentou que não gostou do que encontrou no dossiê dos Cuidados Continuados: "São dos cenários mais desastrosos que encontrei no ministério. Não há verba para pagar às Misericórdias e não podemos estar a contratar novos serviços nos Cuidados Continuados", disse o ministro.

Para breve prevê-se mais cortes nos medicamentos. De acordo com o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento, Jorge Torgal, "a comparticipação de vinte por cento dos medicamentos não está correcta, pelo que vai ser necessário fazer uma avaliação [relativamente à ajuda do Estado]".

Torgal, que falava na Comissão Parlamentar da Saúde, disse ainda que alguns medicamentos vão ser descomparticipados já em 2012.


* Sabe-se que Paulo Macedo tem fama e proveito de rigoroso, o seu trabalho na direcção de Finanças confirma-o. Mas, Sr. Ministro, a saúde não é só dinheiro ou falta dele, é sofrimento, carência e abandono...

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