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Ferro Rodrigues declara apoio a Marcelo durante almoço com Costa no Bairro Alto
Com o primeiro-ministro ao seu lado, o presidente da Assembleia da República diz que apoia Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais. Já António Costa disse hoje à TSF que “não é preciso ser vidente” para adivinhar que Marcelo vai ganhar se se voltar a recandidatar.
Marcelo Rebelo de Sousa ganhou um apoio para as eleições presidenciais durante o almoço do primeiro-ministro com o do presidente da Assembleia da República esta segunda-feira.
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Com António Costa ao seu lado, Eduardo Ferro Rodrigues
declarou hoje o seu apoio nas eleições se o atual Presidente da
República se vier a recandidatar.
“Ainda
faltam seis meses, não é muito tempo, para a campanha presidencial,
vejo como normal que algumas pessoas tentem marcar terreno, marcar uma
posição”, começou por dizer a segunda figura do Estado.
“Sobre as
presidenciais não mudei uma vírgula do que disse há mais de um ano e
meio: se as eleições fossem amanhã, não hesitaria em votar no professor
Marcelo. Não tenho motivos nenhuns para retirar essa afirmação”, disse,
em declarações transmitidas pela SIC Notícias esta segunda-feira
As
declarações foram feitas à entrada para o restaurante Alfaia, no Bairro
Alto em Lisboa, onde foi almoçar com o primeiro-ministro para enviar
uma mensagem de confiança aos portugueses, no dia em que reabriram os
restaurantes em Portugal depois de fechados durante dois meses devido à
pandemia da Covid-19.
Esta manhã, o primeiro-ministro foi
questionado na TSF sobre as suas declarações na semana passada durante
uma visita conjunta com o Presidente da República à fábrica Autoeuropa.
A
13 de maio, o primeiro- ministro disse que queria regressar à
Autoeuropa em 2021 se o Presidente da República fosse reeleito nas
eleições presidenciais de janeiro de 2021.
“Qualquer seja o meu
sentido de voto, creio que é uma coisa mais ou menos pacifica, não é
sequer necessário antecipar que daqui a um ano, se houver candidatura do
professor Marcelo, ele será eleito pelos portugueses, não é preciso ser
vidente que esse será o resultado obvio”, afirmou em entrevista à TSF.
“O
voto é secreto. O primeiro-ministro deve manter uma regra, terá de
trabalhar com qualquer PR escolhido pelos portugueses”, afirmou.
Sobre
as declarações feitas na Autoeuropa, hoje mostrou a sua admiração por
esta “expressão” ter criado tanto “agitação”, por considerar que disse
uma “coisa de particular bom senso”, considerando que existe um “desejo
profundo dos portugueses em termos de estabilidade quanto ao exercício
da função presidencial”, usando como barómetro as sondagens e o feedback
que tem na rua dos portugueses sobre a atuação de Marcelo Rebelo de
Sousa.
Sobre se o PS iria apoiar Marcelo Rebelo de Sousa ou uma
eventual candidatura de Ana Gomes, António Costa disse que o “PS nunca
lançou um candidato”, mas que apoiou uma candidatura que já existia,
dando o exemplo da candidatura de Sampaio da Nóvoa em 2016, que perdeu
contra o atual Presidente.
“O PS nunca apresentou candidatos,
apoiou ou não apoiou. Foi sempre esta a regra”, acrescentou, apontando
que o PS não tomará nenhuma posição antes dos candidatos serem todos
conhecidos.
A única coisa certa, é que o PS não vai “seguramente”
apoiar a candidatura do deputado e líder do Chega, André Ventura,
afirmou António Costa na TSF.
* Com este presidente da A.R. não há surpresas possíveis, é um indivíduo bastante previsível. Gozaríamos à brava com PSD e CDS a apoiarem uma candidatura de Ana Gomes, um festival.
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