HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Siza Vieira:
"Défice é o reflexo do Estado
fazer o que deve numa crise"
O ministro da Economia disse esta terça-feira que o défice atual nas contas públicas é "o reflexo do Estado a fazer aquilo que deve fazer numa crise".
"O défice é o reflexo do Estado a fazer aquilo que deve fazer numa
crise", afirmou Pedro Siza Vieira aos jornalistas, acrescentando: "Nós
temos uma contração da procura global e isso não foi causado nem pelas
empresas portuguesas, nem pela Administração Pública portuguesa, é o
resultado desta pandemia".
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QUE EXAGERO |
Falando em Paredes, no distrito do Porto, onde hoje inaugurou um novo
acesso rodoviário de uma zona industrial à autoestrada A41, o ministro
comentava os dados do défice do primeiro semestre deste ano.
Na segunda-feira, o Ministério das Finanças informou que o défice das
contas públicas portuguesas se agravou em 6.122 milhões de euros no
primeiro semestre de 2020, atingindo os 6.776 milhões devido aos efeitos
da pandemia de covid-19.
Pedro Siza Vieira defendeu hoje que, em tempo de crise, há "duas
maneiras de responder": "Uma elas, que parece a desejável nesta altura, é
o Estado ser capaz de apoiar as empresas para tentar proteger a sua
capacidade produtiva, tentar proteger o emprego o mais possível e tentar
proteger os rendimentos dos cidadãos".
Para o ministro da Economia, nas atuais circunstâncias, "o Estado tem de
ser capaz de absorver o choque mais violento que isto provoca e depois
apoiar a recuperação da economia".
"O défice há de ser gerido, por um lado com os recursos que a União
Europeia coloca à nossa disposição, por outro lado, também, com a
capacidade que tivermos de o mais rapidamente possível assegurar o
crescimento da economia", assinalou Pedro Siza Vieira.
"É nisso que estamos focados", indicou.
Para o governante, o 'lay-off' tem sido "uma resposta para tentar apoiar
as empresas a manter o emprego, de tal forma que, quando a procura
voltar a surgir, uma vez que se normalize a situação sanitária no mundo
inteiro, as empresas tenham os recursos necessários para voltar a
produzir, para voltar a vender".
"Se nós não tivéssemos essa ferramenta, aquilo que provavelmente teria
acontecido é que muitas empresas não conseguiriam manter os seus postos
de trabalho e quando viéssemos a ter uma retoma económica elas não eram
capazes de produzir", reafirmou, acrescentando aos jornalistas: "Julgo
que é uma medida importante que agora tem um novo progresso. Nós estamos
preparados para continuar a apoiar o emprego até ao final do ano com
recursos importantes".
* O sr. ministro não convence, mesmo que esteja só a falar do Covid o governo andou errático no início e ainda hoje tem um colega que diz não ser preocupação o aglomerado nos transportes públicos. A crise está a montante do covid quando o governo de que faz parte aceita taxas de habitação de 74 seres humanos por 10 metros quadrados. Não nos dê música nem milagres.
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