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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Açores iniciam mergulhos
para mapeamento de lixo marinho
no Faial e no Pico
Os mergulhos exploratórios para o mapeamento do lixo nos fundos de três áreas marinhas classificadas nos Açores já "estão a ser realizados" e os resultados permitirão elaborar mapas para a posterior remoção do lixo marinho e recuperação daqueles habitats.
Conforme
avançou esta quinta-feira o diretor regional dos Assuntos do Mar, Filipe Porteiro,
"já começaram os trabalhos iniciais de conservação no mar" enquadrados
na ação "Gestão de Habitats Costeiros", no âmbito do LIFE IP Azores
Natura, "o maior projeto de conservação alguma vez concebido para os
Açores".
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Estas ações de mergulho para
mapeamento de lixo são coordenadas pela Direção Regional dos Assuntos do
Mar, com a colaboração da empresa Flying Sharks.
Numa
nota enviada às redações, o governo açoriano informou também que "estão
a ser realizados mergulhos exploratórios para o mapeamento do lixo nos
fundos de três áreas marinhas classificadas, nomeadamente a Reserva
Natural das Caldeirinhas, no Faial, a Baixa do Sul, no canal Faial-Pico,
e os ilhéus da Madalena, no Pico".
Filipe
Porteiro explicou que se trata de “uma ação de conservação em recifes e
em áreas da Rede Natura 2000, como é o caso das Caldeirinhas, a primeira
reserva marinha da região”, classificada em 1984, e que visa “a
recuperação destes habitats em termos de limpeza de lixo depositado”.
“Esta
é a primeira atividade para prospeção e para identificar as áreas mais
problemáticas”, referiu, citado na nota, indicando que posteriormente
"há a fase do mapeamento" para identificar "exatamente onde o lixo está e
usar alguma metodologia para perceber como ali se deposita”.
Com
os resultados destes mergulhos exploratórios serão "elaborados mapas e
afinados os protocolos" para a posterior remoção do lixo marinho
existente, "trabalhos que deverão decorrer ao longo do verão", de acordo
com o Governo Regional.
A ação final de
recuperação dos habitats pretende ainda envolver as atividades
marítimo-turísticas e a sociedade em ações de limpeza, para explorar
estes recifes da Rede Natura 2000.
Depois
de o lixo ser retirado, “vai ser possível realizar uma monitorização
subsequente que permita avaliar as taxas de deposição de novo lixo
naquelas zonas”.
Ainda de acordo com o
diretor regional, as áreas que são alvo desta ação apresentam “situações
diferentes”, dado que uma das áreas tem uma proteção integral e as
outras duas apresentam um menor grau de proteção.
Por
exemplo, “a zona dos ilhéus da Madalena tem lixo de cinco ou seis
séculos de utilização do canal, que foi sendo depositado e foi coberto
por sedimentos, bem como lixo que foi lançado ao mar, ou que flutua e
que se afunda nessa área”, especificou.
Assim,
vai ser possível comparar esta zona, “historicamente utilizada para a
pesca e para a navegação”, e que desde 2016 passou a ser uma área de
restrição à pesca, “com o recife da Baixa do Sul, que é utilizado pela
pesca, e a Reserva das Caldeirinhas, onde as atividades humanas estão
vedadas”.
Ainda no âmbito do projecto LIFE
Azores Natura, estão a ser planeados e desenvolvidos, na sua componente
marinha, trabalhos para complementar medidas de conservação já
existentes, como estas acções ligadas à recuperação de habitats marinhos,
ou o controlo de espécies marinhas invasoras e monitorização de
actividades humanas no mar.
* O lixo submarino preocupa-nos e entristece, somos fanáticos da beleza açoriana, desejamos que acção de limpeza corra bem.
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