11/05/2020

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ESTE MÊS  NA
"EXAME INFORMÁTICA"
ANACOM
No Norte, ainda há zonas 
sem sinal de redes móveis

No Norte do País, "a velocidade de transferência de ficheiros registada nas áreas mediamente urbanas e predominantemente rurais é significativamente inferior à registada nas áreas predominantemente urbanas, tanto em download como em upload", denuncia a reguladora das telecomunicações

Na região Norte do País, as redes móveis tendem a ter um pior desempenho nas zonas predominantemente rurais – a ponto de haver zonas com “alguns níveis significativos de cobertura rádio ‘Inexistente’”, refere a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) no mais recente estudo de análise à qualidade das redes móveis. O estudo agora publicado aponta ainda a Vodafone como a operadora que garante melhor desempenho no que toca à qualidade das redes móveis de quarta geração (UMTS ou 3G) do Norte do País.
À semelhança do sucedido no estudo sobre a qualidade das redes móveis do Alentejo, que foi publicado em janeiro, a Anacom voltou à “estrada” para levar a cabo um conjunto de medições de comunicações de voz, cobertura e qualidade do sinal de rádio, e ainda velocidades de download e upload.
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“A velocidade de transferência de ficheiros registada nas áreas mediamente urbanas e predominantemente rurais é significativamente inferior à registada nas áreas predominantemente urbanas, tanto em download como em upload. Este indicador apresentou uma elevada variabilidade, observando-se valores máximos acima de 249 Mbps e 64 Mbps, respetivamente em download e upload, e mínimos abaixo de 0,05 Mbps, que dificultam ou impossibilitam a transmissão de dados em condições adequadas”.

Ainda no acesso à Net e na transferência de dados, os peritos da Anacom identificaram algumas diferenças entre os operadores quando se trata de medições de download e upload, mas também foi apurada uma tendência para a perda de qualidade do serviço nas zonas predominantemente rurais.

“Os serviços de navegação na Internet e YouTube video streaming, e também a latência de transmissão de dados, apresentaram desempenhos inferiores, face à transferência de ficheiros, observando-se também algumas diferenças entre operadores e tipologias de áreas urbanas. De uma forma geral, registaram-se piores desempenhos nas áreas mediamente urbanas e predominantemente rurais”, informa a Anacom em comunicado.

Nas comunicações por voz, as zonas rurais são igualmente prejudicadas face às zonas urbanas. A reguladora das telecomunicações classifica como “bom” o desempenho global em todos os operadores no que toca às comunicações por voz, mas denuncia uma “acentuada degradação, nomeadamente no tocante às capacidades de estabelecimento e de retenção de chamadas” nas zonas rurais.

A Anacom recorda que as medições foram levadas a cabo de forma sistematizada, sem intervenção humana e em plano de igualdade para Nos, Meo, e Vodafone. As medições incidiram na totalidade dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança, e ainda nas parcelas mais a norte dos distritos de Aveiro, Guarda e Viseu. Foram abrangidos 86 municípios, que correspondem a 23% da superfície terrestre de Portugal.

“O trabalho de campo relativo a este segundo estudo decorreu entre os dias 3 e 13 de fevereiro de 2020, tendo sido realizadas 952 chamadas de voz, 6 475 sessões de dados e 578 712 medições de sinal rádio, correspondendo a aproximadamente 317 chamadas de voz, 360 sessões de dados e 64 300 medições de sinal rádio, por indicador e operador. Foram percorridos 303 quilómetros em testes”, informa a entidade reguladora.

A Anacom informa que deverá publicar, nos tempos mais próximos, relatórios de qualidade das redes móveis para as restantes regiões do País.

A Anacom publicou ainda a seguinte tabela que permite comparar a qualidade das redes móveis dos três operadores na região Norte.

* Não é só no norte do país, a Beira Interior, o Alentejo Interior também  são afectados em termos de qualidade, isto porque as operadoras mandam no país e os seus clientes são alvo de desrespeitosas regras  comerciais como por exemplo o embuste da  fidelização.

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