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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Há crianças que precisam de
cuidados paliativos e não vão aos
.hospitais, diz associação
.hospitais, diz associação
A
associação aTTitude advertiu esta sexta-feira que há crianças com
necessidade de cuidados paliativos que deixaram de ir ao hospital e de
receber os tratamentos que necessitam por receio dos pais em contrair
covid-19 em ambiente hospitalar.
Esta
situação reflete-se numa diminuição da procura de recursos e até de
referenciação de novos casos, nomeadamente de doença oncológica, disse à
agência Lusa a coordenadora do conselho técnico-científico da IPSS
aTTitude, Cândida Cancelinha.
"Sobretudo
na fase inicial [da pandemia] vimos um medo generalizado das famílias,
não só de vir às consultas, como terem de ficar internados ou de vir a
uma urgência", disse a também coordenadora da Equipa Intra-Hospitalar de
Suporte em Cuidados Paliativos Pediátricos do Hospital Pediátrico de
Coimbra.
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Segundo a pediatra, uma das
"grandes preocupações" dos cuidadores é poderem adoecer ou ter de ficar
de quarentena e deixar de poder assegurar os cuidados à criança.
Para
os tranquilizar e reforçar a necessidade de haver sempre "um segundo
cuidador capacitado", a aTTitude lançou um tutorial e um folheto
informativo com os principais cuidados a adotar no domicílio durante a
pandemia divulgado no seu site, em associações e em seis hospitais com
cuidados paliativos pediátricos.
A pediatra explicou que estas crianças têm necessidades de vária ordem,
sendo seguidas em várias consultas nos hospitais e têm muitas vezes
necessidade de dispositivos, de tecnologia avançada e de terapias
realizadas por vários profissionais, que nesta fase, por questões de
organização e de gestão de diferentes serviços, também se viram
comprometidas.
Uma criança que faça fisioterapia diária
pode ter deixado de ter acesso a essa fisioterapia por restrição da
equipa que a oferece ou por medo destes pais de contactarem com serviços
de saúde ou de os profissionais irem a casa e, portanto, esse receio
foi generalizado e foi muito evidente na sensação de medo das famílias",
sublinhou.
Com a evolução da situação,
parece que as famílias estão a começar a ter menos receio, mas ainda
assim existe o medo de as crianças se infetarem.
Os
números da doença por covid em pediatria têm sido relativamente baixos e
os quadros são ligeiros na grande maioria dos casos, "mas nós sabemos
que uma criança com doença crónica complexa, sobretudo se for do foro
respiratório ou neuromuscular, está naturalmente mais suscetível a uma
fazer infeção grave pelo novo coronavírus".
"Temos
que ajudar estes cuidadores a compreender que, antes e depois da
pandemia covid, as doenças crónicas complexas seja do ponto de vista
cardiovascular, neuromuscular, genético neurodegenerativo, oncológico
vão continuar a existir" e que é preciso assegurar que a qualidade dos
cuidados prestados se mantém para todas estas crianças.
Apesar
desta situação, a pediatra afirmou que "felizmente não tem havido
grandes situações de descompensação", mas que se nota uma diminuição da
procura de recursos e do número de referenciações.
A vacinação também foi outro receio
manifestado pelas famílias e mesmo por algumas equipas de saúde, uma
situação que a aTTitude tem tentado desmistificar e incentivar para que
as crianças sejam vacinadas na altura devida.
Cândida
Cancelinha quis deixar uma "mensagem de solidariedade" a estas
famílias, afirmando que "não estão sós", para recorrerem às suas equipas
assistentes quando necessitarem e terem em casa "a medicação SOS" e
todos os dispositivos necessários para não precisarem de ir à farmácia
numa urgência.
Apelou ainda para quando
for necessário não terem receio de levar a criança às consultas, ao
hospital, a fazer as terapias para a doença esteja "o mais estabilizada e
controlada possível".
Estima-se que
existam em Portugal, pelo menos, oito mil crianças e jovens com
necessidades paliativas. Cerca de 200 morrem anualmente, a maioria em
hospitais, sendo "o apoio domiciliário claramente insuficiente para as
necessidades a nível nacional, refere a aTTitude.
A vacinação também foi outro receio
manifestado pelas famílias e mesmo por algumas equipas de saúde, uma
situação que a aTTitude tem tentado desmistificar e incentivar para que
as crianças sejam vacinadas na altura devida.
Cândida
Cancelinha quis deixar uma "mensagem de solidariedade" a estas
famílias, afirmando que "não estão sós", para recorrerem às suas equipas
assistentes quando necessitarem e terem em casa "a medicação SOS" e
todos os dispositivos necessários para não precisarem de ir à farmácia
numa urgência.
Apelou ainda para quando
for necessário não terem receio de levar a criança às consultas, ao
hospital, a fazer as terapias para a doença esteja "o mais estabilizada e
controlada possível".
Estima-se que
existam em Portugal, pelo menos, oito mil crianças e jovens com
necessidades paliativas. Cerca de 200 morrem anualmente, a maioria em
hospitais, sendo "o apoio domiciliário claramente insuficiente para as
necessidades a nível nacional, refere a aTTitude.
* Tudo é uma questão de atitude, os pais não querem que os filhos morram de covid embora não engeitem a possibilidade de morrerem de outras doenças agudas ou crónicas ou por falta de vacinação.
Ninguém os acusa de homicídio premeditado!
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