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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Eletrodomésticos com nova
etiqueta energética. Classes A+,
A++ e A+++ acabam
Novas etiquetas serão mais simples, com classes de A a G, apenas. Chegam, em fase transitória, a partir de novembro
Os eletrodomésticos na Europa vão passar a
ter uma nova etiqueta energética já a partir de novembro. A nova
legislação comunitária acabou com as classes A+, A++ e A+++, com as
etiquetas a ostentar, agora, uma escala “mais simples de interpretar”, e
que vai da categoria A, a mais eficiente, à G, menos eficiente.
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A Deco, a associação de defesa do
consumidor, aplaude a iniciativa, até porque “há muito” que as
organizadores de consumidores europeias reivindicavam uma mudança.
“Torna-se assim mais fácil escolher eletrodomésticos eficientes e
poupados”, garante a Deco/Proteste no seu portal.
Explica a associação que, de acordo com um
inquérito realizado junto dos consumidores, a escala atual “induz em
erro”. “A maior parte dos eletrodomésticos situa-se, hoje, nas classes
A+, A++ e A+++, deixando as classes inferiores vazias, essencialmente
porque os aparelhos menos eficientes foram, entretanto, desaparecendo do
mercado. Muitos consumidores não têm hoje a noção de que um
eletrodoméstico A+ é, na verdade, menos eficiente do que a maioria dos
aparelhos do mesmo tipo”, explica a Deco.
Para ajudar a ultrapassar a questão, a União Europeia decidiu rever a
escala das etiquetas. Assim, tudo o que são classes “+” desaparecem,
dando lugar a uma classificação simples, de de A a G, mais fácil de
interpretar. “A classe A corresponde ao topo em termos de eficiência
energética. Inicialmente, esta classe irá manter-se vazia, para
encorajar os fabricantes a desenvolverem equipamentos mais eficientes”,
avança, ainda, a associação.
E embora as novas etiquetas só sejas obrigatórias para os televisores,
frigoríficos e arcas congeladores, máquinas de lavar loiça e máquinas de
lavar e secar roupa a partir de 1 de março de 2021, todos os
eletrodomésticos lançados no mercado a partir de novembro próximo terão
de incluir, a par da etiqueta atual, a nova. O que significa que, nesta
fase de transição, será possível encontrar um aparelho A+ com a etiqueta
antiga e que, na nova, é classificado como classe D. “Isto acontece por
dois motivos. Primeiro, porque, com o novo escalonamento, os
equipamentos que se situavam nas classes mais altas na antiga etiqueta
passam para classes intermédias na nova. Segundo, porque temos o efeito
dos novos e revistos procedimentos de ensaio, mais adaptados às
tecnologias e às realidades e que são mais exigentes. Assim, os
equipamentos mais eficientes, na nova etiqueta energética e na fase de
lançamento, situar-se-ão na classe B ou nas classes inferiores a esta”,
explica, ainda, a Deco.
Importante a ter em conta é que a nova classificação de A a G não será
estática. Na verdade, será “reavaliada regularmente, em função da
evolução tecnológica”. O que significa que, quando vários equipamentos
alcançarem a classe A, haverá um novo escalonamento, “de modo a
incentivar a pesquisa e a inovação tecnológicas, em busca de produtos
cada vez mais eficientes e poupados”.
A nova etiqueta energética terá, ainda, de integrar um código QR, que
dará acesso direto a toda a informação sobre o produto, numa base de
dados gerida pela União Europeia. “A medida beneficia os consumidores
porque permite escolher um produto ou equipamento com melhor desempenho
energético e, assim, poupar eletricidade. Além disso, com a nova medida,
a União Europeia promove a corrida para a inovação tecnológica. Os
fabricantes terão de se esforçar por desenvolver equipamentos mais
eficientes do que os atuais, de modo a alcançar a classe A”, sublinha a
associação de defesa do consumidor.
Numa primeira fase, as novas etiquetas terão de ser colocadas nos
televisores, frigoríficos e arcas congeladoras, máquinas de lavar loiça e
máquinas de lavar e de secar roupa e só a partir de setembro de 2021 a
medida será estendida às lâmpadas LED. Mais tarde, outros equipamentos
se seguirão.
* Convém é não nos porem nenhuma etiqueta no dedo grande do pé, por falta de ineficiência energética.
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