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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Trabalhadores do Hospital da Cruz Vermelha enviam "carta denúncia"
contra Francisco George
Mais de
uma centena de profissionais do Hospital da Cruz Vermelha acusa o
presidente da instituição, Francisco George, de "estar a pôr em risco a
sobrevivência clínica e económica do hospital".
O
alerta é feito numa "carta denúncia" endereçada ao Presidente da
República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro e
ministros das Finanças, Defesa e Saúde, e assinado por médicos,
enfermeiros, técnicos, administrativos e auxiliares de ação médica e
colaboradores.
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No documento, a que a
Lusa teve acesso, os profissionais manifestam a "enorme preocupação" com
a forma como Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa
(CVP) e presidente do Conselho de Administração não-executivo do
Hospital da Cruz Vermelha (HCVP) "está a pôr em risco a sobrevivência
clínica e económica" do hospital.
Francisco
George, ouvido pela Lusa, estranhou a iniciativa, explicando: "estou há
pouco tempo na CVP, estou na administração de manhã à noite, vejo o
diretor clínico todos os dias, e até hoje nada me disse".
"Não estou a par dos pormenores da carta e
não vou comentar mais nada, espero reunião com os trabalhadores, estou
disponível para falar com eles mas até agora não me pediram", disse
Francisco George à Lusa.
Os
subscritores da iniciativa começam por afirmar, no documento: "O
Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCVP) entrou num processo de ruína
económica e financeira desde que os administradores nomeados pela Cruz
Vermelha para a Sociedade Gestora do hospital iniciaram a sua atividade
em maio 2018. Manter no cargo o Dr. Francisco George é o caminho mais
direto para a falência do Hospital a curto prazo".
Os profissionais recordam que foi decidido manter o HCVP como livre de
covid-19, ou seja, que não trataria doentes infetados com o novo
coronavírus, uma decisão que Francisco George alterou em 48 horas,
dizendo aos trabalhadores que era decisão do Ministério da Saúde, o que
"não corresponde à verdade".
Os subscritores do documento alertam ainda
para o que consideram serem irresponsabilidades de Francisco George em
questões internas do HCVP e "desrespeito" para com doentes ao impedir a
continuidade dos cuidados médicos.
Os
profissionais referem que há "um risco real" de perda de todo o corpo
clínico do HCVP, e dizem que os equipamentos de proteção individual para
o hospital foram desviados para uma tenda de triagem de doentes
covid-19.
"Estamos a tentar
preparar-nos para ser Hospital não Covid. Depois de várias semanas de
inatividade e desorientação. Extremamente preocupados com esta situação.
Como Corpo Clínico, mantemos a nossa confiança total no diretor
clínico", pode ler-se na carta.
Nela se diz ainda que os 600 profissionais acreditam que há um "risco iminente de falência e encerramento do hospital".
Francisco
George reiterou que está disponível para falar os profissionais, "a
qualquer hora, em qualquer dia", e disse que está sempre "de porta
aberta".
* Uma notícia muito estranha, até esclarecimento não deixaremos de admirar Francisco George, o currículo avaliza.
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