02/04/2020

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HOJE  NO 
"A BOLA"
Clubes da Primeira Liga querem pagamentos 
antecipados por jogos que podem não se 
realizar, mas patrocinadores recusam

"Todos os clubes têm o mês de março completamente pago, havendo mesmo casos com adiantamentos na sua posse: 14 jogos pagos para 12 realizados", disse uma fonte próxima dos patrocinadores, ouvida pelo Jornal Económico. 
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As operadoras de telecomunicações que patrocinam os clubes da Primeira Liga recusam pagar antecipadamente por jogos que ainda não se realizaram e rejeitam que existam quaisquer faturas em atraso relativas à transmissão de jogos, disseram ao Jornal Económico fontes próximas dos patrocinadores. A Altice, a NOS e a Vodafone não colocam em causa, no entanto, o pagamento de jogos da Liga portuguesa em junho, casos estes se venham a realizar.

“Todos os clubes têm o mês de março completamente pago, havendo mesmo casos com adiantamentos na sua posse: 14 jogos pagos para 12 realizados”, disse uma das fontes do setor ouvidas pelo Jornal Económico.

A tomada de posição surge numa altura em que os clubes da Primeira Liga estão a pedir adiantamentos de patrocínios relativos a jogos cuja realização não está confirmada, devido às medidas de contenção decretadas no âmbito do estado de emergência devido à pandemia de Covid-19.

Uma das fontes contactadas questionou por que razão os clubes não recorrem ao mecanismo do layoff simplificado para enfrentar a atual situação de crise defendeu que, neste momento, o país deve estar focado em apoiar financeiramente projetos que “defendam e protejam os profissionais de saúde”.

De acordo com alguma imprensa desportiva, a Federação Portuguesa de Futebol, e nomeadamente o seu presidente, poderá ter um papel importante para desbloquear esta situação. Fernando Gomes deverá reunir com as operadoras nas próximas semanas no sentido de desbloquear o impasse.

França: Operadoras suspendem pagamento
Em França, chegam relatos de que as duas operadoras que detêm os direitos dos jogos da Ligue 1 e Ligue 2, beIN e Canal+, decidiram não pagar a tranche que vencia a 5 de abril, no valor de 42 milhões de euros, prevista nos contratos de direitos televisivos. “Decidimos suspender os próximos pagamentos enquanto os campeonatos da Ligue 1 e Ligue 2 não sejam retomados, referiu o patrão da beIN numa comunicação remetida à Liga Francesa de Futebol, avança o site SoFoot.com.


* É mais barato sustentar burros a pão-de-ló.

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