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HOJE NO
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Brasil.
Um ano depois, o “sólido democrata” mexeu na Polícia e Sérgio Moro quer sair
Presidente brasileiro pretende que o atual
diretor-geral da Polícia Federal saia. Mas Maurício Valeixo foi
escolhido por Sérgio Moro e o ministro não está disposto a abrir mão do
seu homem de confiança. Clima de insatisfação já não é de agora.
Há exatamente um ano, a 23 de abril de 2019,
Sérgio Moro, ministro da Justiça do Brasil, deu uma entrevista ao i e
aos semanário SOL, na qual destacava: “Bolsonaro é um sólido democrata.”
Hoje pediu a sua demissão, depois de o Presidente o ter informado que
pretende mudar nos próximos dias o diretor-geral da Polícia Federal. Uma
grande mudança na pasta que é tutelada por Sérgio Moro, sem que o
ministro seja tido nem achado.
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Foi numa reunião entre ambos que Bolsonaro fez saber que Maurício
Valeixo, o homem que lidera aquela polícia, teria de sair nos próximos
dias, tendo o pedido de demissão de Sérgio Moro sido imediato, avança o
jornal Folha de São Paulo.
Bolsonaro, que ainda está fragilizado pela saída de Luiz Henrique
Mandetta, até há poucos dias ministro da Saúde, não esperava a reação de
Sérgio Moro e estará agora a tentar demover o juiz da decisão de
abandonar o Executivo. Para isso, noticia o mesmo jornal, incumbiu o
ministro da Casa Civil, Braga Neto, e o da Secretaria de Governo, Luiz
Eduardo Ramos, de fazer de tudo para que Moro volte atrás.
Mas a equação é difícil, uma vez que Valeixo foi nomeado pelo antigo
juiz da Lava Jato e é mesmo considerado um homem-forte de Sérgio Moro.
Há muito que Bolsonaro critica a liderança da Polícia Federal, tendo
já por diversas vezes sido noticiada a sua intenção de ter um controlo
sobre aquela polícia.
Soma-se ainda a este episódio o descontentamento que o ministro da
Justiça já vem demonstrando ultimamente nos bastidores em relação à
governação de Bolsonaro, posição muito diferente da que tinha há um ano
quando foi entrevistado pelo i e pelo semanário SOL. Uma das
discordâncias é em relação à forma como Bolsonaro está a conduzir o
combate ao novo coronavírus – Sérgio Moro mostrou-se sempre alinhado com
o antigo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na defesa de
medidas como o isolamento social.
* Sérgio Moro é tão "desidóneo" como Bolsonaro ou ainda como o cão de fila Maurício Valeixo.
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