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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Motociclos envolvidos em acidentes rodoviários aumentaram 80% em janeiro
O relatório divulgado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária esta quinta-feira avança que os acidentes que envolveram ciclomotores e motociclos aumentaram para 1.016 em 2020.
Os ciclomotores e motociclos envolvidos em acidentes rodoviários
aumentaram 80% em janeiro face ao mesmo período de 2019, mas todos os
indicadores da sinistralidade baixaram no primeiro mês de 2020, foi esta
quinta-feira divulgado.
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A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) passou a
disponibilizar a partir desta quinta-feira relatórios mensais detalhados
e integra, pela primeira vez, os indicadores dos acidentes nas regiões
autónomas da Madeira e dos Açores.
O relatório de janeiro esta quinta-feira divulgado mostra que o
número de acidentes rodoviários em janeiro foi de 2.943 e provocaram 31
mortos, 146 feridos graves e 3.259 feridos ligeiros. Em relação ao mesmo
mês de 2019, registaram-se menos 14 acidentes rodoviários com vítimas
(-0,5%), menos 17 mortos (-35,4%), menos 27 feridos graves (-15,6%) e
menos 263 feridos ligeiros (-7,5%).
Apesar da redução dos dados da
sinistralidade verificada no Continente e na Madeira, nos Açores
observou-se um agravamento de mais cinco acidentes com vítimas, mais uma
vítima mortal e um ferido grave e mais de 20 feridos graves em relação a
período homólogo de 2019. O relatório da ANSR faz, no entanto, uma
análise mais pormenorizada aos desastres ocorridos em janeiros nas
estradas do Continente, onde se registaram 2.825 acidentes com vítimas
(menos 0,4% face a ao mesmo mês de 2019), 30 mortos (menos 33,3%), 130
feridos graves (menos 16,7%) e 3.121 feridos ligeiros (menos 8,2%).
De acordo com o mesmo documento, os acidentes que envolveram
ciclomotores e motociclos aumentaram 80% em janeiro face ao mesmo mês de
2019, totalizando 1.016, sendo, no entanto, os automóveis ligeiros que
mais estiveram envolvidos em desastres.
Entre 2016 e 2020, com exceção do número de acidentes com vítimas, que sofreu um aumento de sete por cento, todos os indicadores da sinistralidade apresentaram uma tendência decrescente”, indica o documento, frisando que, em janeiro, a colisão foi o tipo de desastre mais frequente, mas o maior número de vitimas mortais resultou de atropelamentos.
Segundo a ANSR, face ao mês de janeiro de 2019, há mais quatro
vítimas mortais e uma redução de 28 feridos graves por atropelamento,
bem como uma diminuição de oito a 11 mortos ocorridos em colisões e
despistes. A maioria dos acidentes com vítimas e do número de mortos
ocorreu em arruamentos, continuando a predominar os desastres dentro das
localidades.
A Segurança Rodoviária indica também que, no
primeiro mês do ano, 46,7% de total de vítimas mortais registou-se entre
os peões, seguido dos condutores (40%) e passageiros (13,3%). Estes
dados dizem respeito aos óbitos ocorridos no local do acidente ou
durante o seu transporte para o hospital.
O relatório do primeiro
mês do ano avança também com dados da fiscalização, dando conta que
foram fiscalizados cerca de 12 milhões de veículos, mais 60,7% do que em
janeiro de 2019, que resultaram em mais de 132 mil infrações, o que
representa um aumento de 12,9%.
Segundo a ANSR, mais de metade (58,7%) das infrações registadas em janeiro é referente a excesso de velocidade.
* A guerra civil no asfalto continua, Portugal um país de paz?
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