31/03/2020

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HOJE  NO
"A BOLA"
«É fundamental que as Ligas 
terminem até 30 de junho»

Sem data prevista para o regresso dos campeonatos profissionais, Pedro Proença acredita que até 30 de junho será possível terminar esta temporada, apurando assim campeão e descidas, e deixando assim caminho para que se possa organizar do zero a época seguinte. Só não se sabe ainda quando a atividade poderá ser retomada. 
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«Estamos a atravessar uma decisão histórica por razões negativas, pela primeira vez foi preciso suspender a atividade e por tempo indeterminado. Tivemos capacidade de perceber o momento de crise, também estamos a cumprir a obrigação de estar em casa, que é uma obrigação moral para o quanto antes podermos restabelecer normalidade à atividade económica e desportiva. Estamos todos na expectativa de passar esta fase negra, que vai ter consequências para tudo e todos. Sabemos que estamos dependentes de instâncias governamentais, da DGS. Também as instâncias internacionais – amanhã há uma reunião com a UEFA onde as ligas/federações têm expectativas de receber instruções sobre o futuro próximo. Os clubes estão imbuídos do espírito de que competições devem regressar e  temos três meses para uma retoma com a época a terminar a 30 de junho», disse o presidente da Liga em entrevista à TSF.

Pedro Proença admitiu ainda que possa ser necessário jogar à porta fechada para agilizar a conclusão das 10 jornadas que faltam e a final da Taça de Portugal, dando a entender que, para já, era do interesse de todos que a época não se prolongasse para julho ou agosto.

«Todos já percebemos, pela pirâmide das competições, que é fundamental que as ligas terminem, porque isso permite dar alguma normalidade e preparar a próxima época sabendo quem tem acesso a competições internacionais, o campeão, quem é despromovido. Não podemos colocar em causa esta época e as vindouras. Acreditamos que vai ser possível jogar ainda nesta temporada. Daremos o passo tendo garantia das autoridades de que há condições para essa retoma, mas queremos ter um campeão, por isso vamos tranquilizar a cadeia desportiva», disse ainda, sublinhando mais uma vez a «dependência das entidades europeias para projetar a próxima época»:

«Estamos preparados. Assim que houver autorização temos todos os cenários montados para que possa a acontecer. Sem Europeu [adiado para 2021] tivemos um alargamento de espaço disponível, mais 45 dias que conseguimos ganhar e que vai permitir um calendário diferente. Temos discutido internamente as dimensões do problema», acrescentou ainda àquela rádio.

«Porta fechada? Estamos sempre dependentes das autoridades de saúde. Vamos tentar perceber quando sairmos do estado de emergência quais serão as contingências. Todos os cenários estão equiacionados. A porta fechada foi o primeiro cenário, antes da suspensão, sendo que o principal objetivo é terminar a época; podemos também ter um torneio que pudesse condensar as competições. Depende do tempo que tivermos para terminar sem mexer com a próxima temporada», concluiu.

* Apesar de todas as negociatas verdadeiramente fundamental é Portugal, não o futebol.

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