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HOJE NO
"A BOLA"
«É fundamental que as Ligas
terminem até 30 de junho»
Sem
data prevista para o regresso dos campeonatos profissionais, Pedro
Proença acredita que até 30 de junho será possível terminar esta
temporada, apurando assim campeão e descidas, e deixando assim caminho
para que se possa organizar do zero a época seguinte. Só não se sabe
ainda quando a atividade poderá ser retomada.
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«Estamos a
atravessar uma decisão histórica por razões negativas, pela primeira
vez foi preciso suspender a atividade e por tempo indeterminado. Tivemos
capacidade de perceber o momento de crise, também estamos a cumprir a
obrigação de estar em casa, que é uma obrigação moral para o quanto
antes podermos restabelecer normalidade à atividade económica e
desportiva. Estamos todos na expectativa de passar esta fase negra, que
vai ter consequências para tudo e todos. Sabemos que estamos dependentes
de instâncias governamentais, da DGS. Também as instâncias
internacionais – amanhã há uma reunião com a UEFA onde as
ligas/federações têm expectativas de receber instruções sobre o futuro
próximo. Os clubes estão imbuídos do espírito de que competições devem
regressar e temos três meses para uma retoma com a época a terminar a
30 de junho», disse o presidente da Liga em entrevista à TSF.
Pedro
Proença admitiu ainda que possa ser necessário jogar à porta fechada
para agilizar a conclusão das 10 jornadas que faltam e a final da Taça
de Portugal, dando a entender que, para já, era do interesse de todos
que a época não se prolongasse para julho ou agosto.
«Todos
já percebemos, pela pirâmide das competições, que é fundamental que as
ligas terminem, porque isso permite dar alguma normalidade e preparar a
próxima época sabendo quem tem acesso a competições internacionais, o
campeão, quem é despromovido. Não podemos colocar em causa esta época e
as vindouras. Acreditamos que vai ser possível jogar ainda nesta
temporada. Daremos o passo tendo garantia das autoridades de que há
condições para essa retoma, mas queremos ter um campeão, por isso vamos
tranquilizar a cadeia desportiva», disse ainda, sublinhando mais uma vez
a «dependência das entidades europeias para projetar a próxima época»:
«Estamos
preparados. Assim que houver autorização temos todos os cenários
montados para que possa a acontecer. Sem Europeu [adiado para 2021]
tivemos um alargamento de espaço disponível, mais 45 dias que
conseguimos ganhar e que vai permitir um calendário diferente. Temos
discutido internamente as dimensões do problema», acrescentou ainda
àquela rádio.
«Porta fechada? Estamos sempre dependentes
das autoridades de saúde. Vamos tentar perceber quando sairmos do estado
de emergência quais serão as contingências. Todos os cenários estão
equiacionados. A porta fechada foi o primeiro cenário, antes da
suspensão, sendo que o principal objetivo é terminar a época; podemos
também ter um torneio que pudesse condensar as competições. Depende do
tempo que tivermos para terminar sem mexer com a próxima temporada»,
concluiu.
* Apesar de todas as negociatas verdadeiramente fundamental é Portugal, não o futebol.
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