17/02/2020

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Só um duplo transplante de pulmões o salvou. 
Agora vive para alertar para os riscos
 dos cigarros eletrónicos

O diagnóstico era de "morte iminente" e um duplo transplante de pulmões salvou a vida a Daniel Ament, de 17 anos. Quatro meses depois da cirurgia, o jovem do Michigan, EUA, conta a sua história e apela para que se deixe de usar cigarros eletrónicos. "É tão perigoso, não vale a pena", alerta.

Todos os vossos sonhos e planos podem mudar se continuarem a usar cigarros eletrónicos". Quem avisa é Daniel Ament, de 17 anos. E sabe bem do que fala. O jovem de Detroit, no estado norte-americano do Michigan, esteve às portas da morte depois de ter desenvolvido uma grave doença pulmonar relacionada com os cigarros eletrónicos e à vaporização a eles associada. Em outubro, o diagnóstico era de "morte iminente". Submeteu-se a um duplo transplante de pulmões que lhe salvou a vida. Agora, quatro meses após a cirurgia, resolveu contar a sua história para alertar outros jovens sobre os perigos que representa o vaping.
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"É tão perigoso, não vale a pena. Devem parar", avisa Daniel Ament em declarações à BBC News Brasil. Ainda a recuperar, este jovem norte-americano tem agora como objetivo alertar outros jovens para os perigos dos cigarros eletrónicos e das substâncias a eles associadas. Vai às escolas e até criou uma associação que ajuda quem quer deixar de fumar.

Saudável e um regular praticante de desporto - gostava de nadar, correr e de fazer vela -, a vida deste jovem alterou-se radicalmente quando decidiu fazer como muitos dos seus amigos e fumar cigarros eletrónicos.

Poucos meses depois de começar a fumar, o seu estado de saúde deteriorou-se de tal forma que ficou com danos irreversíveis nos pulmões, atrofia muscular e perdeu 18 quilos.
Ficou dois meses e meio internado no hospital. Os médicos tinham pouca esperança que sobrevivesse, mas um dador compatível mudou a história deste jovem.
Submeteu-se a um duplo transplante pulmonar, reaprendeu a respirar e a andar. Agora tem um sistema imunitário debilitado, toma 20 comprimidos por dia para que o organismo não rejeite os pulmões transplantados e quer que a sua história sirva para que outros jovens não façam como ele. Ament sonhava um dia fazer parte dos Navy Seals, a força de elite da Marinha dos EUA. Um sonho que teve de abandonar.

Foi um dos milhares de norte-americanos que desenvolveu uma lesão pulmonar, associada aos cigarros eletrónicos com líquidos. Uma doença que causou 64 mortos nos EUA e levou quase 3 mil a ficarem hospitalizados, escreve a BBC.

Cigarros eletrónicos, um hábito comum entre os amigos de Daniel

Daniel nunca tinha fumado um cigarro convencional quando decidiu experimentar os cigarros eletrónicos. Tinha 16 anos. "Era [um hábito] cada vez mais comum entre os meus amigos", conta. Primeiro, fumava quando os amigos o convidavam, mas depressa o vaping (vaporização associada ao consumo deste tipo de cigarros) tornou-se um gesto diário.

* Os otários deixaram de dar dinheiro às tabaqueiras para o oferecer aos vapores do veneno.

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