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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Bastonária insiste no fim do Estagiar L para enfermeiros nos Açores
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros declarou, esta segunda-feira, que, tal como aconteceu na Madeira, os Açores deveriam deixar de aplicar o Estagiar L aos licenciados em enfermagem.
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FILHOS E ENTEADOS SOB A MESMA BANDEIRA |
Ana Rita Cavaco, que esteve reunida com a
secretária regional da Saúde, Maria Luciano, em Ponta Delgada, na ilha
de São Miguel, declarou aos jornalistas que “no continente não fazem
este tipo de estágios e a Madeira deixou de os ter”, recordando que este
dossiê motivou um processo judicial.
A
Ordem dos Enfermeiros recorreu à Justiça, em 2017, por considerar ilegal
a integração dos enfermeiros licenciados através do Estagiar L - um
programa de incentivo à inserção profissional, do executivo açoriano -,
mas as instâncias judiciais julgaram improcedentes os pedidos
formulados, tendo-se avançado com um recurso, que ainda decorre.
Segundo
a Ordem dos Enfermeiros, os profissionais que se licenciaram trabalham
no âmbito do estagiar L com base em cerca de 500 euros líquidos mensais,
considerando-se que não se trata de um estágio, uma vez que estes
enfermeiros “estão efetivamente a prestar cuidados às pessoas”.
Ana
Rita Cavaco referiu que no caso específico da Madeira “já houve
julgamento, mas ainda não há uma sentença, o que deverá estar para muito
breve”.
Além disso, o próprio Governo da
Madeira “entendeu que não fazia sentido ter os enfermeiros neste tipo de
estágio, que subsiste apenas nos Açores”.
“Quando
os enfermeiros recebem uma cédula profissional começam a trabalhar. No
fundo, é aquilo que os habilita para poderem entrar no mercado de
trabalho. Se tivesse de haver um estágio quem teria que o definir seria a
Ordem e não o Governo Regional. Para isso não existiriam ordens
profissionais”, declarou a responsável.
A
secretária regional da Saúde considerou, por seu turno, que no caso dos
enfermeiros existentes nos Açores ao abrigo do Estagiar L “os valores
são residuais": cerca de 20 num universo de 1.645.
Maria
Luciano declarou que "estes casos não existem nas unidades de saúde de
ilha, apenas nos hospitais”. O seu número, acrescentou, “é
tendencialmente para ser reduzido, porque existe o número de enfermeiros
adequado”.
A bastonária e a secretária
regional da Saúde anunciaram que vão proceder a um levantamento sobre as
dotações de enfermeiros no setor da saúde, por áreas, realocando-os se
necessário, para assegurar os “melhores cuidados de enfermagem”.
* Nos Açores o governo Regional determina democraticamente que haja enfermeiros filhos da mãe e outros enteados.
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