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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Assembleia Municipal de
Ponta Delgada chumba recomendação
de suspender incineradora
A Assembleia Municipal de Ponta Delgada, chumbou, esta segunda-feira, a
recomendação apresentada pelo Bloco de Esquerda para a suspensão do
projeto da construção da incineradora na ilha de São Miguel.
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A
recomendação mereceu o voto favorável da única deputada do Bloco de
Esquerda, Vera Pires, a abstenção do presidente da Junta de Freguesia de
Santa Clara e os votos contra dos restantes deputados.
Os
bloquistas defendem a suspensão do projeto da construção da
incineradora de São Miguel e pedem à Câmara de Ponta Delgada que use “a
sua voz no seio da Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios
da Ilha de São Miguel (AMISM) para reverter o processo" e para a
definição "de soluções alternativas à valorização energética por
incineração na ilha de São Miguel, tendo em conta a capacidade de
processamento de resíduos já instalada na região e as experiências dos
Centros de Processamento de Resíduos nela existentes".
Tanto o PS como o PSD remeteram o debate da questão para quando terminar o processo judicial.
Vera Pires considerou que “não é extemporânea a possibilidade de pensar em alternativas”.
“O
tempo da política é sempre. Não querendo a política atropelar o tempo
da justiça, é dever da política pensar em soluções”, afirmou.
Em
dezembro de 2016, a AMISM decidiu, por unanimidade, avançar com a
construção de uma incineradora de resíduos, orçada em mais de 60 milhões
de euros.
O concurso para a construção da
incineradora na maior ilha dos Açores esteve sob alçada da justiça
devido a queixas por parte de um dos concorrentes, a empresa
Termomeccanica, que foi excluída em detrimento do consórcio luso-alemão
formado pelas CME e Steinmüller Babcock Environment.
Em
outubro passado, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Ponta Delgada
decidiu anular a adjudicação da construção da incineradora ao consórcio
CME/Steinmuller Babcok Environment, por parte da Musami - Operações
Municipais do Ambiente, EIM SA.
Na altura, o
movimento "Salvar a Ilha", composto por várias associações
ambientalistas, congratulou-se com a decisão judicial de anular a
adjudicação, pedindo que o projeto fosse "blindado".
No
início deste mês, o conselho de ilha de São Miguel, após proposta do
presidente da AMISM, José Manuel Bolieiro, avançou que irá sugerir ao
Governo Regional que repense o projeto.
* E as alvíssaras, esqueceram-se que existem?
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