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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Teolinda Gersão, José Luís Peixoto
e 20 autores açorianos em
Colóquio da Lusofonia
A ilha Graciosa, nos Açores, acolhe até
domingo o 32.º Colóquio da Lusofonia, com Teolinda Gersão, José Luís
Peixoto e mais de duas dezenas de autores açorianos, com participantes
de 12 países e regiões.
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“As pessoas chegam,
muitas delas não se conhecem, e saem como se fossem familiares de longa
data. Há uma informalidade, um intimismo que normalmente não é vulgar
em eventos. E essa talvez seja a razão para a sua longevidade. Temos
colóquios organizados até 2024, salvo um que temos de alterar”,
adiantou, em declarações à agência Lusa, Chrys Chrystello, da Associação
Internacional dos Colóquios da Lusofonia, que organiza o evento.
Desde
2006, que todos os anos são realizados dois colóquios sobre a
lusofonia, um em Belmonte (Castelo Branco) e outro nos Açores.
“Quando
eu me mudei para os Açores passámos a ter dois todos os anos, o que é
francamente notável. É uma máquina bem oleada, temos poucos, mas bons
associados que nos dão o seu apoio. As pessoas gostam do ar familiar,
não menos científico por causa disso, mas do ar menos formal”, salientou
Chrys Chrystello.
Este ano, o festival
conta com a participação de cerca de meia centena de pessoas, de 12
países e regiões (Brasil, Galiza, Cabo Verde, Angola, Canadá, Estados
Unidos da América, Luxemburgo, Austrália, Timor-Leste, Alemanha e
Bélgica).
Algumas foram forçadas a chegar
mais tarde à Graciosa, devido à passagem do furacão “Lorenzo” pelos
Açores, mas o programa não sofreu grandes alterações.
Nesta
edição, estão previstas mesas redondas com Teolinda Gersão, José Luís
Peixoto, Joel Neto, Almeida Maia, Bettencourt Pinto, Jorge Arrimar e
outros 20 autores insulares.
Será feita
uma homenagem ao poeta açoriano Eduíno de Jesus e estão previstas três
sessões de poesia deste autor, de Manuel Jorge Lobão e Chrys Chrystello.
O investigador da Universidade dos Açores, especialista em poluição, Félix Rodrigues é o cientista convidado.
Estão
previstos vários recitais da dupla timorense Piki Pereira e Mintó Deus e
concertos da maestrina e pianista Ana Paula Andrade, do Conservatório
Regional de Ponta Delgada, da violinista Carolina Constância e da
soprano Carina Andrade, que interpretarão poetas açorianos musicados e
temas do cancioneiro.
O programa inclui ainda concertos da jovem Joana Carvalho, de Belmonte, e do organista graciosense Fábio Mendes.
No
âmbito do colóquio, a Câmara Municipal de Belmonte vai propor uma
geminação com a da Graciosa, para que no futuro possa haver um
intercâmbio de músicos e atores entre as duas localidades.
Os colóquios da lusofonia nasceram com o objetivo da “defesa intransigente da língua portuguesa em todas as suas vertentes”.
“A
nossa definição de lusofonia não tem nada a ver com o quinto império
nem com portugalidade, tem mais a ver com abranger todos aqueles que
trabalham a língua portuguesa, independentemente da sua nacionalidade ou
local de residência. Nós já tivemos cerca de 20 nacionalidades
diferentes entre os nossos associados”, frisou Chrys Chrystello.
* Cultura é LIBERDADE!
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