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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
PS e BE tentam acordo para a legislatura
Já terminou o encontro entre as delegações do PS e do Bloco de Esquerda. Conversações vão continuar com vista a um acordo para quatro anos. BE propôs que medidas fiquem já refletidas no programa de Governo, mas mantém porta aberta a acordos pontuais.
Um acordo para quatro anos, refletido já no programa de Governo, que
pode ou não ser posto por escrito. Esta foi a base de trabalho que saiu
da reunião de hoje entre o PS e o Bloco de Esquerda, e que será agora
desenvolvida em reuniões de caráter mais técnico, que vão decorrer nos
próximos dias. Na próxima semana, adiantou António Costa no final
do encontro, o PS avaliará qual o grau de compromisso a que podem chegar
os dois partidos.
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"O que é essencial é ter ficado claro
que há vontade conjunta de trabalhar num acordo no horizonte da
legislatura", afirmou Costa, que disse ser "prematuro" dizer se
um eventual entendimento poderá ficar escrito ou não, mas acrescentando
também que "de uma parte e outra" este ponto não foi considerado
fundamental.
"Convergimos
quanto à vontade mútua de prosseguir o trabalho conjunto que tivemos
nesta legislatura. Os modos concretos em que trabalharemos em conjunto
na próxima legislatura é algo que iremos continuar a avaliar. Nos próximos dias teremos reuniões de trabalho para vermos quais são as condições de convergência e o grau de compromisso", sublinhou o secretário-geral socialista.
Ou
seja, as conversações vão agora entrar nos temas em concreto, para
definir se é possível um entendimento, face ao caderno de exigências
apresentado pelo Bloco de Esquerda. De acordo com a líder do partido, o BE levou à reunião uma proposta para um entendimento "que possa ser plasmado no programa de governo",
que terá de passar "pela recuperação de rendimentos e direitos, pela
revogação das medidas da troika que ainda estão na legislação laboral, o
investimento na habitação e transportes".
"Queremos aprofundar o caminho que foi feito",
disse Catarina Martins, que voltou a manifestar disponibilidade para,
caso as negociações não cheguem a bom porto, procurar acordos proposta a
proposta e em cada um dos orçamentos da legislatura.
No final do
encontro, que decorreu na sede do Bloco de Esquerda, na Rua da Palma, em
Lisboa, António Costa aproveitou para fazer um balanço da maratona de
reuniões de hoje - que incluiu o Livre, o PAN, o PEV, o PCP e o BE -,
considerando "positivo" que todos os interlocutores tenham manifestado
abertura para entendimentos (com "diferentes graus de disponibilidade",
"uns, à partida para quatro anos, outros só passo a passo"): "É positivo
termos encontrado em todos os nossos interlocutores uma vontade clara
de que o país viva quatro anos em estabilidade política".
O
encontro entre as delegações do PS e do BE começou às seis da tarde. Na
delegação socialista estiveram presentes, além do primeiro-ministro, o
presidente do partido, Carlos César, a secretária-geral adjunta, Ana
Catarina Mendes, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares,
Duarte Cordeiro.
A delegação do BE foi composta, além de Catarina
Martins, por Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do partido, e pelos
deputados Mariana Mortágua e Jorge Costa.
* A melhor estratégia de António Costa nos holofotes de jornalistas e jornaleiros e Catarina Martins a contracenar com elegância e sabedoria.
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