29/07/2019

MARTA F. REIS

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20 anos a promover 
a ciência da curiosidade

Toda a rede Ciência Viva, lançada em 1996, fez nestas duas décadas o seu caminho, discreto e consistente, ajudando a dinamizar um conjunto de centros que por todo o país abrem capítulos no conhecimento de quem os visita

O Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, faz 20 anos e é, entre nós, um dos bons exemplos de um investimento público que contribuiu para a transmissão de conhecimento, para uma cultura de curiosidade e de aprendizagem informal entre os mais novos (mas não só) e para a promoção de uma cultura científica, a que muito se deve o espírito do então ministro da Ciência, Mariano Gago, hoje justamente homenageado no pavilhão com um auditório com o seu nome e no largo em frente ao edifício desenhado pelo arquiteto Carrilho da Graça.

Toda a rede Ciência Viva, lançada em 1996, fez nestas duas décadas o seu caminho, discreto e consistente, ajudando a dinamizar um conjunto de centros que por todo o país abrem capítulos no conhecimento de quem os visita e potenciam a descoberta do património científico mas também cultural e natural, tantas vezes pouco divulgado e maltratado.

Quando tanto nos queixamos dos miúdos “viciados” no digital, basta uma visita a qualquer um destes espaços, que as escolas acarinharam desde a primeira hora - do mundo dos morcegos no Centro Ciência Viva do Alviela ao observatório astronómico do Centro de Ciência Viva de Constância -, para perceber como é fácil entusiasmá-los e como, longe dos holofotes, há gente que, com muito amor à camisola, se dedica a manter vivos projetos que têm na promoção do conhecimento o seu maior valor. Por mim, posso dizer que a experiência menos agradável que tive no Pavilhão do

Conhecimento foi mesmo experimentar comer uma dessas larvas que nos dizem que, num futuro não muito distante, vão fazer parte da nossa alimentação. Esperemos que melhorem as receitas. Para a festa do 20.o aniversário consta que não há larvas no cardápio, mas a entrada é gratuita e o programa inclui várias atividades com uma nota também muito própria do pavilhão: mostrar como a ciência está em tudo o que nos rodeia no dia-a-dia e não deve ser um bicho-papão, mas muito mais acarinhada.

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25/07/10

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