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25/07/10
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20 anos a promover
a ciência da curiosidade
Toda a rede Ciência Viva, lançada em 1996, fez
nestas duas décadas o seu caminho, discreto e consistente, ajudando a
dinamizar um conjunto de centros que por todo o país abrem capítulos no
conhecimento de quem os visita
O Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, faz 20 anos e
é, entre nós, um dos bons exemplos de um investimento público que
contribuiu para a transmissão de conhecimento, para uma cultura de
curiosidade e de aprendizagem informal entre os mais novos (mas não só) e
para a promoção de uma cultura científica, a que muito se deve o
espírito do então ministro da Ciência, Mariano Gago, hoje justamente
homenageado no pavilhão com um auditório com o seu nome e no largo em
frente ao edifício desenhado pelo arquiteto Carrilho da Graça.
Toda a rede Ciência Viva, lançada em 1996, fez nestas duas décadas o
seu caminho, discreto e consistente, ajudando a dinamizar um conjunto de
centros que por todo o país abrem capítulos no conhecimento de quem os
visita e potenciam a descoberta do património científico mas também
cultural e natural, tantas vezes pouco divulgado e maltratado.
Quando tanto nos queixamos dos miúdos “viciados” no digital, basta
uma visita a qualquer um destes espaços, que as escolas acarinharam
desde a primeira hora - do mundo dos morcegos no Centro Ciência Viva do
Alviela ao observatório astronómico do Centro de Ciência Viva de
Constância -, para perceber como é fácil entusiasmá-los e como, longe
dos holofotes, há gente que, com muito amor à camisola, se dedica a
manter vivos projetos que têm na promoção do conhecimento o seu maior
valor. Por mim, posso dizer que a experiência menos agradável que tive
no Pavilhão do
Conhecimento foi mesmo experimentar comer uma dessas
larvas que nos dizem que, num futuro não muito distante, vão fazer parte
da nossa alimentação. Esperemos que melhorem as receitas. Para a festa
do 20.o aniversário consta que não há larvas no cardápio, mas a entrada é
gratuita e o programa inclui várias atividades com uma nota também
muito própria do pavilhão: mostrar como a ciência está em tudo o que nos
rodeia no dia-a-dia e não deve ser um bicho-papão, mas muito mais
acarinhada.
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25/07/10
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