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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Água engarrafada é 60 vezes
mais cara do que a da torneira
De junho de 2018 até maio as vendas de água mineral engarrafada geraram receitas de 667 milhões, mais 10%
A água da torneira é 60 vezes mais barata
por litro no Porto, comparativamente ao litro de um garrafão de água de
marca de distribuição. O negócio das águas engarrafadas gerou, até maio,
667 milhões de euros, uma subida de 10% face ao ano passado, de acordo
com os dados da Nielsen.
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No Porto, o preço por litro de água no
terceiro escalão tem um custo de 0,0018 euros, enquanto o preço de um
litro de água de garrafão de três das maiores cadeias de hiper e
supermercados no país- Continente, Jumbo/Auchan e Pingo Doce – custa
0,11 euros. Um valor 60 vezes mais elevado do que um litro de água da
torneira.
E o preço tem vindo a subir. Os números da
Nielsen fazem o retrato. De junho do ano passado até maio de 2019, foram
vendidos nos supermercados, restaurantes e cafés 1.126 milhões de
litros de água (+4%), gerando 667 milhões de euros, ou seja, mais 10% do
que em relação a período comparável do ano anterior. “Isto denota um
aumento do preço médio”, constata Tiago Aranha, gestor de
desenvolvimento de cliente da Nielsen Portugal.
Um crescimento que se está a fazer sentir sobretudo no canal Horeca (hotéis, restaurantes, bares, lojas de conveniência). “O canal de retalho alimentar (hipers e supers) representa 81% dos volumes e 32% do valor, mas é no canal Horeca que temos as maiores variações: uma subida de 11% em valor e de 9% em volume”, diz o responsável da empresa de estudos de mercado.
Nuno Pinto Magalhães reconhece que os números da Nielsen até maio apontam para um crescimento nas vendas, mas “ainda é cedo para conclusões finais anuais”. O presidente da Associação de Águas Minerais e de Nascente de Portugal (APIAM) – que representa mais de 85% dos engarrafadores em valor – lembra que os últimos dados disponíveis são relativos a 2018 e que estes não indiciam grandes crescimentos.
“O mercado interno das águas minerais naturais e de nascente não teve, em termos de volume de vendas, alterações sensíveis, com uma variação de 0,02% relativamente ao ano anterior”, diz.
Portugal exporta
Em 2018 o consumo de água engarrafada na União Europeia (UE) teve um crescimento médio de cerda de 3%. Uma evolução “acima do crescimento verificado em Portugal nesse ano, o que pode ser explicado por razões climatéricas menos favoráveis ao nosso país”, afirma Nuno Pinto Magalhães.
Um português consome em média por ano 140 litros de água mineral e de nascente, um valor dentro do consumo médio da UE, ligeiramente acima do de Espanha (137 litros), mas abaixo de países como Itália (206 litros), Alemanha (174 litros) ou a Hungria (144 litros).
“De notar que 97% da água engarrafada vendida na generalidade dos países da UE é água mineral natural e de nascente. Em Portugal é de 99%”, destaca Nuno Pinto Magalhães. Uma qualidade da água procurada fora do país. Em 2018 foram exportados 24,98 milhões de litros, uma subida de 4,1%. “Podemos encontrar águas portuguesas em todos os cinco cantos do mundo, chegando a mais de 40 países”, refere o presidente da APIAM.
Águas com sabores
A nível interno, não sendo uma nova tendência, as águas com sabores, com ou sem gás, é o segmento que tem registado maior dinamismo, “tendo evoluído acima da média”, destaca Tiago Aranha. “As maiores subidas acontecem no segmento com menor expressão: as águas com sabores. O maior dinamismo é transversal às com (+14%) e sem gás (17%) em valor”, precisa o responsável da Nielsen.
Nos hipers e supers, a água engarrafada representa cerca de 13% das vendas em valor de bebidas. Já em termos de volume é cerca de 52%. “A diferença é explicada pelo menor preço por litro quando comparado com outro tipo de bebidas, nomeadamente as alcoólicas.”
Um crescimento que se está a fazer sentir sobretudo no canal Horeca (hotéis, restaurantes, bares, lojas de conveniência). “O canal de retalho alimentar (hipers e supers) representa 81% dos volumes e 32% do valor, mas é no canal Horeca que temos as maiores variações: uma subida de 11% em valor e de 9% em volume”, diz o responsável da empresa de estudos de mercado.
Nuno Pinto Magalhães reconhece que os números da Nielsen até maio apontam para um crescimento nas vendas, mas “ainda é cedo para conclusões finais anuais”. O presidente da Associação de Águas Minerais e de Nascente de Portugal (APIAM) – que representa mais de 85% dos engarrafadores em valor – lembra que os últimos dados disponíveis são relativos a 2018 e que estes não indiciam grandes crescimentos.
“O mercado interno das águas minerais naturais e de nascente não teve, em termos de volume de vendas, alterações sensíveis, com uma variação de 0,02% relativamente ao ano anterior”, diz.
Portugal exporta
Em 2018 o consumo de água engarrafada na União Europeia (UE) teve um crescimento médio de cerda de 3%. Uma evolução “acima do crescimento verificado em Portugal nesse ano, o que pode ser explicado por razões climatéricas menos favoráveis ao nosso país”, afirma Nuno Pinto Magalhães.
Um português consome em média por ano 140 litros de água mineral e de nascente, um valor dentro do consumo médio da UE, ligeiramente acima do de Espanha (137 litros), mas abaixo de países como Itália (206 litros), Alemanha (174 litros) ou a Hungria (144 litros).
“De notar que 97% da água engarrafada vendida na generalidade dos países da UE é água mineral natural e de nascente. Em Portugal é de 99%”, destaca Nuno Pinto Magalhães. Uma qualidade da água procurada fora do país. Em 2018 foram exportados 24,98 milhões de litros, uma subida de 4,1%. “Podemos encontrar águas portuguesas em todos os cinco cantos do mundo, chegando a mais de 40 países”, refere o presidente da APIAM.
Águas com sabores
A nível interno, não sendo uma nova tendência, as águas com sabores, com ou sem gás, é o segmento que tem registado maior dinamismo, “tendo evoluído acima da média”, destaca Tiago Aranha. “As maiores subidas acontecem no segmento com menor expressão: as águas com sabores. O maior dinamismo é transversal às com (+14%) e sem gás (17%) em valor”, precisa o responsável da Nielsen.
Nos hipers e supers, a água engarrafada representa cerca de 13% das vendas em valor de bebidas. Já em termos de volume é cerca de 52%. “A diferença é explicada pelo menor preço por litro quando comparado com outro tipo de bebidas, nomeadamente as alcoólicas.”
* Água para gente fina quase sempre pacovina.
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