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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
DECO denuncia desperdício de 90 milhões de euros por ano com perdas de água
As perdas de água em Portugal rondam os 180 milhões de metros cúbicos
por ano e correspondem a um desperdício na ordem dos 90 milhões de
euros, denunciou a Associação Portuguesa para a Defesa do
Consumidor.
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“Globalmente, perdem-se, por
ano, 179.722.877 metros cúbicos de água em 258 municípios”, divulgou
hoje a DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, com
base em dados que deixam de fora mais “20 municípios que desconhecem o
volume desperdiçado”.
O valor apurado
corresponde, segundo a associação, “a 197 piscinas olímpicas”, mas,
estimando o valor não contabilizado nos municípios que não forneceram
dados, as perdas deverão chegar, anualmente a “mais de 180 milhões de
metros cúbicos de água, o que corresponde a deitar fora cerca de 90
milhões de euros”, refere a DECO num comunicado.
As
perdas são provocadas por problemas ao nível “do armazenamento, do
transporte e na distribuição” de água e, segundo a DECO, “o pior caso ao
nível nacional” regista-se em Macedo de Cavaleiros, com “642 litros de
água perdidos por ramal e por dia”, o que equivale a 2,35 milhões de
metros cúbicos (m3) por ano.
Já o melhor exemplo identificado foi o de Santo Tirso e Trofa, com 13 litros perdidos, por ramal e por dia.
Tendo
por base a análise de dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Água
e Resíduos (ERSAR), a DECO revelou hoje a lista dos 15 municípios do
país com maiores perdas de água.
A Macedo
de Cavaleiros segue-se Peso da Régua, com 520 litros perdidos por ramal e
por dia (1,24 milhões de m3 por ano); Anadia, com 463 litros por dia
(2,40 milhões de m3 por ano).
Arruda dos
Vinhos, com perdas de 452 litros por dia e por ramal (752 mil m3 por
ano), e Silves, com 448 litros por dia e por ramal (2,33 milhões de m3
por ano), completam o 'top' cinco dos maiores perdedores de água
revelados pela associação.
Da lista fazem
também parte Cabeceiras de Basto (com 390 litros por dia e 1,10 milhões
de m3 por ano); Loures e Odivelas (383 mil litros por dia e 6,92 milhões
de m3 por ano); Amadora e Oeiras (com 372 litros por dia e 4,85 milhões
de m3 por ano); Estremoz (com 371 litros por dia e 1,21 milhões de m3
por ano) e Castelo de Paiva (com 364 litros por dia e 781 mil m3 por
ano).
De entre os 15 com maiores perdas,
seguem-se Moimenta da Beira (com 364 litros por dia e 900 mil m3 por
ano); Lousã (com 352 litros por dia e 972 mil m3 por ano); Sesimbra (com
340 litros por dia e 2,47 milhões de m3 por ano); S. Brás de Alportel
(com 333 litros por dia e 689 mil m3 por ano) e Santa Marta de Penaguião
(com 332 litros por dia e 528 mil m3 por ano).
Além
destes 15 municípios, segundo a DECO, “91 têm perdas acima do
aceitável” e em 200 “a reabilitação de condutas com mais de dez anos é
insatisfatória”.
No comunicado, a DECO
defende que “uma quantia tão elevada [de perdas] não deve repercutir-se
na fatura cobrada ao consumidor” e alerta que a falta de manutenção
“poderá levar ao colapso” das condutas, dando origem a avarias e a
perdas de água da rede.
* Quem são os autarcas que se importam com o desperdício de água?
Quais são os autarcas que berram quando não têm água no seu concelho porque não se lembraram de a poupar?
E as pessoas coram de vergonha por desperdiçarem água?
** Entre 2050 e 2080 é possível que toda a malta ande de cabeça rapada porque não há água para lavar as melenas.
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