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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Tribunal aceita providência cautelar da Ordem dos Enfermeiros sobre sindicância
O
Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa admitiu hoje uma
providência cautelar apresentada pela Ordem dos Enfermeiros (OE) contra o
Ministério da Saúde, a propósito de uma sindicância à OE pedida por
Marta Temido.
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Na resposta ao requerimento de uma providência de
suspensão de eficácia do ato administrativo apresentado pela OE, a que a
Lusa teve acesso, o tribunal diz que admite “liminarmente a providência
cautelar requerida contra o Ministério da Saúde”, tendo o Ministério
dez dias para deduzir oposição, caso queira.
O advogado da Ordem
dos Enfermeiros, Paulo Graça, requereu, num documento a que a Lusa teve
também acesso, a providência contra o Ministério da Saúde e contra Marta
Temido, para suspender o ato, de autoria da ministra, “pelo qual foi
ordenada sindicância à Ordem dos Enfermeiros”.
Sobre a
providência contra a ministra, o Tribunal disse ter dúvidas sobre a sua
legitimidade e pede mais esclarecimentos, cuja falta resultará na
rejeição da parte referente a Marta Temido.
Segundo o advogado, a
sindicância “padece de múltiplas ilegalidades” e é motivo de danos de
natureza patrimonial e não patrimonial.
Na semana passada a
ministra da Saúde desvalorizou qualquer polémica sobre a sindicância à
OE, admitindo que é uma situação “relativamente inédita”, mas que,
recordou, está na lei desde 2013.
A ministra determinou no final
do mês passado que fosse feita uma sindicância à OE pela Inspeção-Geral
das Atividades em Saúde (IGAS). A decisão foi criticada pela Ordem, que
considerou que a averiguação pretende condenar a entidade por delito de
opinião.
Questionada na quinta feira pelos jornalistas, Marta
Temido lembrou que o Ministério da Saúde tem perante as associações
públicas profissionais uma tutela administrativa, “que se traduz na
análise do que possam ser situações de eventuais atos ilegais”.
No
caso, disse, os indícios prendem-se com a eventual prática de
atividades que estão vedadas às associações públicas profissionais, como
atividades sindicais, além de envolvimento em atividades de regulação
económica das profissões que tutelam.
* A senhora ministra é uma enorme cárie na dentadura do governo.
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