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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
FC Porto quer que seja o Estado a pagar eventual indemnização ao Benfica
Posição defendida nas alegações finais enviadas por escrito ao Juízo Central Cível do Porto
O 'Jornal de Notícias' avança esta segunda-feira que o FC Porto, caso
seja condenado a pagar uma indemnização ao Benfica no chamado 'caso dos
emails', defende que seja o "Estado português a arcar com todas as
despesas".
Esta posição é defendida pelos advogados do FC Porto, Jorge Cernadas e
Nuno Brandão, que "nas alegações finais enviadas por escrito ao Juízo
Central Cível do Porto, ameaçam ir até ao Tribunal Europeu dos Direitos
Humanos para obter o reconhecimento do interesse público (e do interesse
para o FC Porto) das comunicações reveladas por Francisco J. Marques no
Porto Canal", escreve o diário.
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O PARASITA |
Os advogados do clube portista frisam que a divulgação dos "leaks"
mostram as práticas ilícitas e que os tribunais europeus têm dado
pareceres positivos quanto à sua importância.
Benfica fala em dano enorme
O Benfica exige uma indemnização de 17,7 milhões de euros. Miguel
Moreira, diretor financeiro das águias, disse em tribunal que existiu
uma desvalorização da marca com base nos "ataques"
"Esta difamação teve consequências a vários níveis. Houve impacto nas
receitas e em várias áreas. Tínhamos um negócio de larcia com a China
que acabou por não se concretizar e o prejuízo total foi de vários
milhões. Estamos a falar de conhecimentos criados ao longo de vários
anos", referiu, explicando depois com base em que critério foi definido o
pedido de indemnização de 17,7 milhões de euros que os encarnados pedem
ao FC Porto neste processo.
"Um relatório divulgado pela KPMG, na época 2015/16, avaliava o valor do
Benfica em 340 milhões de euros. Um valor manifestamente inferior ao
real valor e ao valor potencial do Benfica. Mas a base foi chegar a 5
por cento desse valor. E esse valor peca por escasso. Hoje em dia, o
valor andará pelos 800 milhões. Considerámos 5 por cento o limite mínimo
de um dano enorme. É o mínimo", apontou.
Alicercando-se precisamente nesse relatório da KPMG e nos dos anos
anteriores, Miguel Moreira revelou que houve uma quebra na temporada
2017/18 na tendência de crescimento que o Benfica vinha registando em
épocas consecutivas, algo que, segundo o diretor financeiro, "foi
estranho, tendo em conta que 2016/17 foi a melhor época da história do
Benfica".
"De 2014/15 para 2015/16, o Benfica valorizou de 285 para 340 milhões,
segundo a KPMG, sendo expectável que o valor seguisse a tendência do
crescimento e chegasse próximo dos 400 milhões. Mas isso não aconteceu.
Houve uma redução de 340 milhões para 328", disse.
Além desta descida no valor global da marca Benfica, o dirigente das
águias confessou também que os encarnados sentiram um grande impacto nos
dias seguintes à revelação dos e-mails. "Na maioria dos dias seguintes,
havia uma desvalorização em bolsa das ações do Benfica, a rondar os
2,9%. Mas logo de seguida registava-se uma melhoria pela força e
robustez da ação do Benfica", frisou.
* Porque o Estado tem de pagar pelas baboseiras de F. J. Marques?
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