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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Zero votos para o PCP em Moscovo e Pequim.
Como votaram os emigrantes?
Como votaram os emigrantes?
Para já, quase não votaram. Dos 1,4 milhões de emigrantes registados no estrangeiro, só pouco mais de 13 mil (menos de 1%) votaram. Globalmente, a diáspora é PSD.
Na Emigração, Rui Rio pode respirar de alívio. Se no resultado global
o PSD teve um 'score' péssimo (menos de 22%), a verdade é que no
circulo da emigração o partido venceu: 28,83%, correspondentes a 3969
votos. O PS ficou em segundo lugar, com 25,1% (3456 votos) e o BE em
terceiro (9,97%, 1373 votos).
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A novidade, face aos resultados
globais - apurados portanto quase a cem por cento no território nacional
- é que o PAN é na emigração portuguesa, com 7,10% (978 votos), a
quarta maior força, à frente do CDS ou da CDU, E o "Livre" de Rui
Tavares, que a nível nacional é a oitava força (1,63%, 60,7 mil votos),
no panorama da diáspora portuguesa sobe para 6ª força, com 5,13% (706
votos). Há aliás até mesas onde o partido de Rui Tavares ganhou: na de
Helsínquia (Finlândia), por exemplo, onde os 12 votos que recebeu
bateram esmagaram os seis obtidos pela segunda maior força, o BE.
Razões
para preocupações devem ter, entretanto, os comunistas. No panorama do
voto emigrante, a CDU, coligação liderada pelo PCP desce para 7ª força
(no panorama global são a quarta), com 558 votos (4%). Mas há cidades
onde não se esperaria que tivessem zero votos - cidades muito relevantes
no imaginário histórico do partido. Moscovo, por exemplo: nem um voto;
ou Pequim, a mesma coisa.
E Caracas, capital da Venezuela, onde o regime de Nicolás Maduro tem
no PCP um incansável defensor? A verdade é esta: os emigrantes
portugueses ali registados não estão solidários com o partido de
Jerónimo de Sousa, que ali teve um único e isolado voto. Em Caracas -
onde a comunidade emigrante portuguesa é esmagadoramente originária da
Madeira - o PSD, evidentemente, vence por larga margem: 60,94% (234
votos).
Para os comunistas, porém, nem tudo são más notícias. Com
quatro valiosos votos, foram a força mais votada em Riade, capital da
Arábia Saudita. O senão desta notícia é que o conseguiram empatados com o
PSD. O terceiro partido foi o "Nós Cidadãos" (3 votos). "Aliança", BE,
CDS, Livre e PS tiveram todos um voto cada. Portanto: 17 votantes em 223
inscritos.
O mapa do voto emigrante está dividido em quatro
grandes regiões: África, Américas, Ásia/Oceânia e Europa. O PSD vence em
África (46,67%=596 votos) e nas Américas (43,53%=2031 votos); Já na
Europa e na Ásia/Oceânia, o PS é a maior força, com, respetivamente,
27,1% (1834 votos) e 23,46% (248 votos).
Pelo planeta fora, o que não faltam são resultados "fora de caixa": O
BE vence no Chipre, na Noruega, na Bulgária, na República Checa; o PAN
consegue-o na Grécia, na Suécia, na Indonésia e na Dinamarca; a
"Aliança" de Pedro Santana Lopes é a maior força no Peru; o CDS ganha em
Windhoek (Namíbia), em Harare (Zimbabwe) e Camberra (Austrália).
Segundo
o site oficial dos resultados, a votação está ainda por apurar nos
consul Budapeste (Húngria) e em Rabat (Marrocos), dois dos cem
consulados espalhados pelo mundo inteiro onde decorreram votações. Nas
Europeias de 2014 estavam registados 244,9 mil eleitores emigrantes
portugueses no estrangeiro mas este ano esse número aumentou para 1,4
milhões, por via do recenseamento automático. A abstenção foi superior a
99%.
* A abstenção mais de 99% é um insulto à dignidade cívica.
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