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IN "DINHEIRO VIVO"
02/02/19
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Uns arrefecem,
outros aquecem
Os mercados ainda não começaram a acusar as notícias do abrandamento, mas já há o receio de que a Itália possa contagiar as restantes bolsas europeias
A Itália entrou oficialmente em recessão
técnica, a terceira maior economia da União Europeia acusa as feridas do
passado, ou seja, da crise política, bem como do abrandamento económico
da zona euro.
No conjunto dos países da moeda única, a economia está a
encolher. Não bastava já o brexit para abanar o Velho Continente, agora a
Itália provoca mais um solavanco. Alemanha e França também confirmam
quão reais são os alertas do FMI e do BCE quanto ao arrefecimento
europeu.
É preciso recuar ao último trimestre de 2013 para encontrar crescimentos
mais magros.
Segundo o Eurostat, o produto interno bruto trimestral da
União Europeia cresceu só 1,5% no quarto trimestre de 2018 face a igual
período de 2017. O desempenho da zona euro foi mais fraco, 1,2%.
Os mercados ainda não começaram a acusar as notícias do abrandamento,
mas já há o receio de que a Itália possa contagiar as restantes bolsas
europeias. Em termos internacionais, curiosamente, as bolsas até
registaram o melhor janeiro de sempre e conseguiram recuperar do ano
negro que foi 2018, sobretudo graças à mudança de postura do banco
central norte-americano quanto ao futuro da política monetária e ao
otimismo em torno da negociação comercial entre os EUA e a China.
Em Portugal “era fundamental, para ter crescimento, ter havido uma
redução de impostos, mas estamos com uma carga fiscal enorme”, denuncia
Abel Mateus. O antigo presidente da Autoridade da Concorrência, em
entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF, nesta edição, mostra-se preocupado
com “as nuvens cinzentas para os próximos tempos”.
Enquanto as nuvens não avançam nos céus, por cá continua instalada uma
autêntica guerra pelo melhor talento, nomeadamente o tecnológico. Um
estudo analisado nas páginas 6 e 7 revela que recrutar hoje em Portugal
custa mais 15% a 20% do que no ano passado. As centenas de contratações,
por exemplo da Mercedes ou da Google, prometem aquecer o mercado de
transferências entre as multinacionais e não só!
IN "DINHEIRO VIVO"
02/02/19
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