09/02/2019

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HOJE NO 
"O JORNAL ECONÓMICO"
Greve dos enfermeiros. 
Sindicatos vão entregar intimação
 na justiça. Governo diz que foram canceladas 1.600 cirurgias

Sindicato dos enfermeiros escolheu a intimação para tentar travar a ordem do Governo o mais rapidamente possível. Ministra da Saúde diz que “várias centenas” de operações canceladas estavam abrangidas pelos serviços mínimos decretados pelo tribunal.

Os enfermeiros vão entregar uma intimação no tribunal administrativo na segunda-feira para tentar travar a requisição civil imposta pela Governo, cujo objetivo, por seu turno, é travar a greve dos enfermeiros. 
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“Face à gravidade das lesões do direito à greve, e por razões de celeridade, este era o meio mais adequado”, disse o advogado do Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor) Garcia Pereira, explicando porque é que o sindicato preferiu a intimação à providência cautelar, que foi a primeira opção a ser analisada.

“O juiz manda ouvir a entidade requerida num prazo de sete dias, mas o prazo pode ser reduzido a metade, ou pode até ser inferior a isso, por via de audição oral da entidade requerida e decide de imediato”, afirmou Garcia Pereira à RTP.

Segundo números avançados pelo Governo, a greve dos enfermeiros já obrigou ao cancelamento de cerca de 1.600 cirurgias nos centros hospitalares afetados.

“As 1.600 cirurgias que foram canceladas várias centenas delas correspondiam a serviços mínimos de acordo com aquilo que era a definição de serviços mínimos do tribunal arbitral”, disse a ministra da Saúde ao final do dia de sexta-feira.

Marta Temido fez um balanço do primeiro dia em que a requisição civil vigorou, concluindo que “houve genericamente um respeito por parte dos enfermeiros relativamente”.

Entre as suas exigências, os enfermeiros querem que a idade da reforma seja antecipada para os 57 anos, e um salário base de 1.600 euros para os enfermeiros em início de carreira.

“O Governo pôs em cima da mesa uma carreira com três categorias, com a possibilidade dessa carreira ter uma remuneração diferenciada para os enfermeiros especialistas, e um reconhecimento de regras iguais para enfermeiros com contrato individual de trabalho e em regime de contrato de trabalho em funções públicas”, segundo as declarações da ministra transmitidas pela TVI 24.

* Os enfermeiros são uma classe explorada há dezenas de anos, só podemos estar ao seu lado.

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