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Votaram
contra a maioria dos deputados da bancada do CDS-PP, e as abstenções
saíram do PCP, PEV, do deputado social-democrata Miguel Morgado, e dos
deputados do CDS Nuno Magalhães, João Rebelo, Teresa Caeiro e Ana Rita
Bessa.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Cristas juntou-se à Esquerda e ao
PSD a favor da lei da paridade
A nova
lei da paridade em titulares de cargos políticos, estabelecendo uma
representação mínima de 40% de cada género, foi aprovada em votação
final pelo PSD, PS, Bloco, PAN e pela presidente do CDS-PP, Assunção
Cristas.
Esta nova lei entra
em vigor no prazo de 120 dias, o que significa que se aplicará já nas
eleições legislativas de 6 de outubro, mas não nas europeias de 26 de
março próximo.
Na
votação eletrónica - já que a aprovação do diploma requeria dois terços
por uma maioria absoluta de deputados -, a proposta que partiu do
Governo obteve 184 votos a favor, 24 contra e oito abstenções.
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SUSANA AMADOR |
A presidente do CDS e a
democrata-cristã Isabel Galriça Neto juntaram-se ao PSD, PS, Bloco de
Esquerda, PAN e ao deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira na
aprovação deste diploma.
Com a entrada
em vigor do atual diploma, em vez de um terço de obrigatoriedade de
representação política de cada género em candidatura políticas, como tem
acontecido até agora, passa-se a partir de legislativas de outubro para
a fasquia de 40%.
A deputada
socialista Susana Amador considerou a aprovação da nova lei da paridade
"um passo histórico" no sentido da igualdade entre homens e mulheres na
representação política, enquanto o dirigente social-democrata Carlos
Peixoto afirmou que a ação do PSD foi decisiva "para moderar" o diploma
inicial que saiu do Governo.
Numa
declaração de voto oral, a presidente do CDS-PP manifestou apoio à
existência de uma progressiva igualdade entre homens e mulheres ao nível
da representação política, mas fez um discurso muito crítico sobre a
atuação do PS e do PSD ao longo do processo de aprovação deste diploma.
"Muitos
deputados e deputadas da nossa bancada teriam até o desejo de fazer
evoluir o seu sentido de voto, mas isso não aconteceu porque continuamos
a ter no texto final aprovado dúvidas sérias sobre a sua conformidade à
Constituição, nomeadamente a questão relacionada com a sanção. Depois,
aprovar alterações relevantes às leis eleitorais em ano das próprias
eleições é contrário a todos os princípios de sensatez política e
democrática", declarou a líder democrata-cristã.
Assunção
Cristas fez questão de referir que o Grupo Parlamentar do CDS-PP é já
atualmente o mais paritário de todos, com oito deputadas em 18, ou seja,
44%.
"Temos aprovadas internamente
regras para a constituição das listas de candidatos às próximas eleições
legislativas, procurando o máximo equilíbrio possível. Lamento que não
tenha sido possível um consenso mais alargado e que haja este atropelo
às melhores recomendações internacionais, juntando um bloco central
[PSD, PS] porventura com outros interesses que nada têm a ver com o
reforço da representação das mulheres", criticou a presidente do CDS-PP.
Já
a deputada comunista Rita Rato, cuja bancada se absteve nesta votação,
afirmou que o PCP "não acompanha a ideia de que aquilo que determina a
opção política de cada eleito seja o seu sexo e não a sua opção
ideológica".
"Queremos registar que
ainda na anterior legislatura houve uma presença muito significativa de
mulheres no parlamento. Mas essa foi a legislatura e o parlamento que
mais atacou os direitos das mulheres. Tantas mulheres aqui sentadas
votaram pelo aumento do horário de trabalho na administração pública",
apontou Rita Rato.
Rita Rato criticou ainda medida tomadas por ex-ministras de Pedro Passos Coelho, como Maria Luís Albuquerque e Assunção Cristas.
"Por
via dessas duas ministras foram impostos cortes salariais às mulheres
da administração pública - mulheres que são a maioria na administração
pública. Cortaram-se pensões às reformadas, que são a maioria dos
pensionistas. A lei da paridade radica num embuste, que é o sexo de cada
um dos eleitos que determina a justeza das propostas", insistiu a
deputada do PCP.
* Não nos espantamos com o sentido de oportunidade de Cristas e com a militante subserviência ao macho comunista de Rita Rato.
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