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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Semana da Igualdade assinala
.desigualdades que afetam as mulheres
.desigualdades que afetam as mulheres
A diferença salarial, a precariedade, as doenças profissionais e a difícil conciliação das vidas profissional e familiar afetam mais as mulheres. E, por isso, na próxima semana promove-se a igualdade.
Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) emitiu 727
pareceres o ano passado, 84% relativos à intenção de recusa por parte
das entidades patronais em atribuir o horário flexível a trabalhadores
com filhos menores de 12 anos, a maioria dos quais pedidos por mães
trabalhadoras. E, em 85% dos casos, entendeu que os pedidos eram
justificados.
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A esmagadora maioria (86,7%, segundo os Censos 2011)
das famílias monoparentais são sexo feminino. Isto num país com uma das
taxas mais elevadas de mulheres empregadas e onde se trabalha mais
horas por semana. Portugal é o quarto país com o horário mais alargado, a
seguir à Grécia, à Áustria e ao Reino Unido.
São alguns dados do
Instituto Nacional da Estatística e da CITE, destacados pela CGTP-IN,
que promove de 4 a 8 de março várias ações pelo país numa iniciativa a
que chamou Semana da Igualdade.
E, a 8 de março, Dia Internacional da Mulher, há ações de rua, com várias associações a assinalar a data.
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Piores condições laborais
As
mulheres ganham menos 14,9% do que os homens em trabalho igual ou de
valor igual considerando as remunerações-base no setor privado e no
setor empresarial do Estado, sendo a diferença maior nas empresas
privadas (22,6%) do que nas empresas públicas (13,4%), revelam os
quadros de pessoal 2017 do Ministério do Trabalho da Solidariedade e
Segurança Social e Eurostat/2016.
A precariedade atinge sobretudo o
setor feminino, com grande parte dos mais jovens (41,5% com menos de 35
anos) com vínculos precários.
Portugal é o terceiro país da União
Europeia com maior percentagem de trabalhadores com vínculos precários,
a seguir à Espanha e à Polónia e acima da média europeia: 22% em
Portugal contra 14,3% na UE (Eurostat).
Outra situação em que as
mulheres estão em desvantagem tem que ver com as doenças profissionais.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho, estas doenças matam
seis vezes mais trabalhadores do que os acidentes de trabalho e deixam
incapacitados milhares de pessoas.
Em Portugal, 70% dos casos de
doenças incapacitantes são de mulheres trabalhadoras, o que tem vindo a
aumentar ao contrário do que acontece com os homens, segundo a
Autoridade para as Condições do Trabalho. A maioria das incapacidades
resulta de lesões músculo-esqueléticas.
* Todos os dias nas páginas deste blogue nós afirmamos a nossa condição de activistas pelos Direitos Humanos, consideramos a desigualdade de género uma infâmia e a igreja católica é altamente responsável na manutenção dessa infâmia.
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