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"DINHEIRO VIVO"
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Bruxelas acusa oito bancos de atuarem em cartel na dívida pública europeia
A Comissão Europeia considera que houve conluio na negociação de obrigações de países europeus durante a crise financeira e de dívida pública.
Mas os bancos foram já notificados da decisão de
Bruxelas de avançar com essas acusações. A penalização pode chegar a 10%
das receitas globais geradas por esses bancos.
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“A Comissão tem preocupações de que, em diferentes períodos entre 2007 e
2012, os oito bancos participaram num esquema de conluio com o objetivo
de distorcer a concorrência ao comprar obrigações governamentais
europeias”, revela a Comissão num comunicado.
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Bruxelas defende que
“traders empregados pelos bancos trocaram informações comercialmente
sensíveis e coordenaram estratégias de negociação”.
O período em que estas ilegalidades foram
detetadas coincide com o da crise financeira e também com a da crise de
dívida soberana, em que os juros dos países do sul da Europa, entre os
quais Portugal, dispararam para níveis proibitivos, o que forçou
resgates financeiros.
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No entanto, a Comissão ressalva que a investigação que tem em curso “não
implica que a alegada conduta anti-concorrencial fosse uma prática
generalizada no setor das obrigações de governos europeus”.
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No entanto, no que diz respeito aos oito bancos, a Comissão considera
que se as suas suspeitas se confirmarem, “esses comportamentos violariam
as regras da União Europeia que proíbem as práticas comerciais
anti-concorrenciais como o conluio nos preços”.
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Os bancos em causa têm agora a oportunidade de examinar os documentos
que sustentam a investigação da Comissão para responder às acusações.
Bruxelas adverte que não há um prazo específico para concluir esse
processo, já que isso depende da “complexidade dos processos”.
Não é a primeira vez que a Comissão Europeia atua contra a atuação de bancos nos mercados de dívida. Em dezembro, a Bloomberg noticiou que o Deutsche Bank, o Credit Suisse e o Credit Agricole eram alvo de uma investigação por atuarem em cartel em títulos de dívida supranacional e de agências públicas entre 2009 e 2015.
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Esse é um caso separado do anunciado esta quinta-feira, mas o alegado
modus operandi dos bancos foi similar, com a coordenação de preços e de
troca de informações sensíveis.
* Os portugueses sabem muito bem o que são banqueiros, sobretudo na perspectiva mais sórdida do termo.
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