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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
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Igreja Católica diz que novo
mandato de Maduro é ilegal
A
Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) considerou hoje ilegal o novo
mandato que o Presidente Nicolás Maduro iniciará a 10 de janeiro.
Os
bispos afirmam, em comunicado, que é um “pecado” pretender manter o
poder a qualquer custo e instam os venezuelanos a atuarem para
recuperarem o país.
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OS DEMOCRATAS QUE GOVERNAM "a igreja" |
Para os prelados, “a pretensão de iniciar um
novo mandato presidencial, a 10 de janeiro de 2019, é ilegítima pela sua
origem, (...) porque carece de sustentação democrática na justiça e no
direito”.
No documento, divulgado em Caracas, a CEV reitera que a
convocatória de 20 de maio de 2018, para a realização de eleições
presidenciais antecipadas, “foi ilegítima, como o é a Assembleia
Constituinte imposta pelo poder Executivo”.
“Vivemos um regime de
facto, sem respeito pelas garantias previstas na Constituição e nos
mais elevados princípios de dignidade do povo”, sublinham os bispos.
Segundo
o comunicado “todo o poder humano é transitório e se legitima se, no
seu exercício, produz um bem-estar coletivo, com especial atenção aos
pobres e excluídos, alcançando assim uma sã convivência na pluralidade e
na diferença”.
Por outro lado, explicam que “o povo venezuelano
vive uma situação dramática e de extrema gravidade, devido à
deterioração dos seus direitos e da qualidade de vida, imerso na
crescente pobreza e sem ter a quem recorrer”.
Segundo os bispos
católicos, na crise política, social e económica, “a Assembleia Nacional
(parlamento), eleita com o voto livre e democrático dos venezuelanos, é
atualmente o único órgão do poder político com legitimidade para
exercer soberanamente as suas competências”.
Para a CEV, o voto
de confiança que o povo venezuelano conferiu ao parlamento “deve ser
retribuído com o cumprimento dos deveres dos deputados, elaborando e
redigindo as leis que o país necessita para restaurar a democracia e
para voltar à decência e honestidade na administração de fundos
públicos”.
Por outro lado, sublinham os bispos, os venezuelanos
“não podem ser meros espetadores do que acontece no país, porque são
cidadãos e, como tal, atores de primeira ordem”.
“A defesa da liberdade tem custado muito sangue e muito sofrimento”, lê-se no documento dos bispos católicos da Venezuela.
Citando
o Papa Francisco, os bispos venezuelanos dizem ser “necessário buscar
juntos caminhos de concórdia e compreensão, a unidade do povo
venezuelano, respostas aos muitos problemas e à defesa dos direitos
humanos, que permitam superar a crise e atender os mais pobres”.
* Quando uma ditadura religiosa com Estado e tudo critica a ditadura de "maduro", é porque acabou a concertação entre ambas no que toca à partilha de poder.
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