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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Expansão do turismo regista pior verão
.dos últimos anos e atrapalha economia
.dos últimos anos e atrapalha economia
Faturação da hotelaria e de serviços relacionados, restauração incluída, esteve anos a crescer a dois dígitos. Esse tempo terminou, mostra o INE.
A economia portuguesa está a abrandar em
várias frentes, mas o turismo destaca-se por ter registado um dos piores
verões dos últimos anos em termos de crescimento, condicionando, por
exemplo, de forma direta as exportações nacionais.
Cálculos do Dinheiro Vivo com base em dados apurados pelo Instituto
Nacional de Estatística (INE) mostram que a faturação do setor hoteleiro
e de outros alojamentos turísticos foi de 1,4 mil milhões de euros no
terceiro trimestre deste ano (de julho a agosto, os meses que marcam a
época de verão), um crescimento de 3,4% face ao verão de 2017.
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É o crescimento nominal mais fraco dos
últimos anos (desde 2014, pelo menos), sendo significativamente mais
baixo do que os precedentes. Nos últimos cinco anos, a expansão do
turismo estava a ser feita a ritmos de dois dígitos.
Esta faturação turística é o valor que “resulta da atividade dos meios
de alojamento turístico: aposento, restauração e outros decorrentes da
própria atividade (cedência de espaços, lavandaria, tabacaria,
comunicações, entre outros)”, explica o INE.
É o crescimento nominal mais fraco dos
últimos anos (desde 2014, pelo menos), sendo significativamente mais
baixo do que os precedentes. Nos últimos cinco anos, a expansão do
turismo estava a ser feita a ritmos de dois dígitos.
Esta faturação turística é o valor que “resulta da atividade dos meios
de alojamento turístico: aposento, restauração e outros decorrentes da
própria atividade (cedência de espaços, lavandaria, tabacaria,
comunicações, entre outros)”, explica o INE.
Alguns representantes do setor já acusam
esse problema de abrandamento acentuado e falam em saturação ou
esgotamento do modelo atual. Apontam razões.
“Portugal, enquanto destino turístico, vive efetivamente uma atmosfera de fim de ciclo. Em primeiro lugar, porque o aeroporto de Lisboa, um dos principais instrumentos do recente crescimento, parece estar esgotado, colocando inúmeros problemas, tanto à cidade de Lisboa, como a todo o País. Este problema assume ainda maior acuidade, conhecendo-se a importância da via aérea na chegada de turistas a Portugal”, lamentou Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), há cerca de duas semanas, citado pelo Dinheiro Vivo.
Custos para a economia como um todo
Segundo o INE, a variação homóloga do produto interno bruto (PIB) abrandou de 2,4% no segundo trimestre para 2,1% no terceiro. Este último é desempenho mais fraco dos últimos dois anos, sendo preciso recuar ao segundo trimestre de 2016 para encontrar um valor pior (1,3%).
O INE diz que isto acontece “em resultado da desaceleração do consumo privado”, ao passo que “a procura externa líquida apresentou um contributo negativo ligeiramente menos intenso que o observado nos dois trimestres anteriores, tendo as exportações e importações de bens e serviços desacelerado”.
O turismo é considerado uma exportação de serviços. Embora não seja o único setor que está a perder fulgor, ele já contribui para a perda de vigor da economia.
No destaque sobre as contas nacionais, divulgado no final de novembro, o INE mostra que as exportações estão com algum problema e sobretudo nos serviços.
As vendas totais da economia portuguesa ao estrangeiro tiveram uma desaceleração “significativa”. Estavam a crescer 7,1% no segundo trimestre (e 6,2% há um ano atrás, no terceiro trimestre de 2017), mas o ritmo ronda agora os 3,1%.
O crescimento das exportações de bens deslizou de 7,3% para metade (3,6%) entre o segundo e o terceiro trimestre. Nos serviços, a quebra de ritmo foi ainda maior, de 6,4% para 1,6%.
Segundo o Banco de Portugal, “após o crescimento assinalável das exportações de turismo nos últimos anos, projeta-se a manutenção de um crescimento robusto” até 2020, “embora inferior ao observado no período mais recente”.
Esse abrandamento terá reflexo direto no investimento e na construção. Isto porque, segundo o banco, a “recuperação do investimento em habitação tem beneficiado do forte aumento do turismo e da procura por parte de não residentes”
O turismo não está sozinho
Não é só o turismo que está a abrandar. Os dados mais recentes do INE relativos às contas nacionais indicam, por exemplo, que o investimento em construção voltou a perder fôlego. Estava a crescer 3,6% no segundo trimestre e no terceiro o ritmo baixou para 2,4%.
A agricultura está em recessão (em queda há três trimestres seguidos), tendo recuado mais de 4% no período de julho-setembro. A indústria está virtualmente estagnada (0,1% de crescimento, o registo mais fraco em dois anos). O valor acrescentado da construção subiu apenas 1,5% no terceiro trimestre.
Apenas dois setores estão a ganhar alguma força. O trio “energia, água e saneamento” e as atividades financeiras, de seguros e imobiliárias.
Uma das principais razões apontadas pelos investidores para este momento mais fraco da economia tem a ver com a “conjuntura adversa nos mercados internacionais”. Por exemplo, duas grandes empresas portuguesas – Vista Alegre e Sonae MC (Modelo Continente) – quiseram fazer expansões em bolsa este ano, mas abortaram esses planos alegando a tal conjuntura adversa.
* É mais do mesmo, enquanto as negociatas mexerucas que sejam correrem bem toda a gente vai ao baile, depois os donos do dinheiro fecham a torneira da felicidade temporária e quem não foi sensato vai na enxurrada da crise, o tuga em 2019 vai perceber.
“Portugal, enquanto destino turístico, vive efetivamente uma atmosfera de fim de ciclo. Em primeiro lugar, porque o aeroporto de Lisboa, um dos principais instrumentos do recente crescimento, parece estar esgotado, colocando inúmeros problemas, tanto à cidade de Lisboa, como a todo o País. Este problema assume ainda maior acuidade, conhecendo-se a importância da via aérea na chegada de turistas a Portugal”, lamentou Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), há cerca de duas semanas, citado pelo Dinheiro Vivo.
Custos para a economia como um todo
Segundo o INE, a variação homóloga do produto interno bruto (PIB) abrandou de 2,4% no segundo trimestre para 2,1% no terceiro. Este último é desempenho mais fraco dos últimos dois anos, sendo preciso recuar ao segundo trimestre de 2016 para encontrar um valor pior (1,3%).
O INE diz que isto acontece “em resultado da desaceleração do consumo privado”, ao passo que “a procura externa líquida apresentou um contributo negativo ligeiramente menos intenso que o observado nos dois trimestres anteriores, tendo as exportações e importações de bens e serviços desacelerado”.
O turismo é considerado uma exportação de serviços. Embora não seja o único setor que está a perder fulgor, ele já contribui para a perda de vigor da economia.
No destaque sobre as contas nacionais, divulgado no final de novembro, o INE mostra que as exportações estão com algum problema e sobretudo nos serviços.
As vendas totais da economia portuguesa ao estrangeiro tiveram uma desaceleração “significativa”. Estavam a crescer 7,1% no segundo trimestre (e 6,2% há um ano atrás, no terceiro trimestre de 2017), mas o ritmo ronda agora os 3,1%.
O crescimento das exportações de bens deslizou de 7,3% para metade (3,6%) entre o segundo e o terceiro trimestre. Nos serviços, a quebra de ritmo foi ainda maior, de 6,4% para 1,6%.
Segundo o Banco de Portugal, “após o crescimento assinalável das exportações de turismo nos últimos anos, projeta-se a manutenção de um crescimento robusto” até 2020, “embora inferior ao observado no período mais recente”.
Esse abrandamento terá reflexo direto no investimento e na construção. Isto porque, segundo o banco, a “recuperação do investimento em habitação tem beneficiado do forte aumento do turismo e da procura por parte de não residentes”
O turismo não está sozinho
Não é só o turismo que está a abrandar. Os dados mais recentes do INE relativos às contas nacionais indicam, por exemplo, que o investimento em construção voltou a perder fôlego. Estava a crescer 3,6% no segundo trimestre e no terceiro o ritmo baixou para 2,4%.
A agricultura está em recessão (em queda há três trimestres seguidos), tendo recuado mais de 4% no período de julho-setembro. A indústria está virtualmente estagnada (0,1% de crescimento, o registo mais fraco em dois anos). O valor acrescentado da construção subiu apenas 1,5% no terceiro trimestre.
Apenas dois setores estão a ganhar alguma força. O trio “energia, água e saneamento” e as atividades financeiras, de seguros e imobiliárias.
Uma das principais razões apontadas pelos investidores para este momento mais fraco da economia tem a ver com a “conjuntura adversa nos mercados internacionais”. Por exemplo, duas grandes empresas portuguesas – Vista Alegre e Sonae MC (Modelo Continente) – quiseram fazer expansões em bolsa este ano, mas abortaram esses planos alegando a tal conjuntura adversa.
* É mais do mesmo, enquanto as negociatas mexerucas que sejam correrem bem toda a gente vai ao baile, depois os donos do dinheiro fecham a torneira da felicidade temporária e quem não foi sensato vai na enxurrada da crise, o tuga em 2019 vai perceber.
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