21/12/2018

.
HOJE NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Taxa de poupança atinge novo 
mínimo histórico em Portugal

A taxa de poupança atingiu um novo mínimo histórico ao cair para os 4% do rendimento disponível no terceiro trimestre deste ano.
.
A taxa de poupança das famílias voltou a cair no terceiro trimestre deste ano, descendo para 4% do rendimento disponível, revelou esta sexta-feira, 21 de Dezembro, o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta é a taxa de poupança mais baixa de sempre - pelo menos desde 1999, ano em que começa a série do INE - ao fixar-se nos 3,96%, que compara com os 3,98% registados no quarto trimestre do ano passado, o anterior mínimo histórico

A taxa de poupança do segundo trimestre deste ano foi revista em alta de 4,4% para 4,5%, registando-se uma queda de 0,5 pontos percentuais para o terceiro trimestre. A redução deve-se ao aumento maior da despesa de consumo final face à evolução do rendimento disponível.

"A taxa de poupança das famílias diminuiu para 4% do rendimento disponível (menos 0,5 pontos percentuais que no trimestre anterior), em resultado do aumento do rendimento disponível inferior ao da despesa de consumo final", explica o INE. Ou seja, as famílias estão a aumentar os gastos a um ritmo superior à subida dos seus rendimentos.

O rendimento cresceu menos por causa da subida de 3,3% dos impostos sobre o rendimento, em termos homólogos, "tendo as remunerações recebidas registado um acréscimo idêntico ao do trimestre anterior (1,1%)", nota o gabinete de estatística. Estas variações nos impostos devem-se às diferenças anuais dos reembolsos do IRS que têm sido antecipados cada vez mais para o segundo trimestre.

A taxa de poupança corresponde à divisão entre a poupança bruta e o rendimento bruto. Os valores de ambos correspondem à soma dos últimos quatro trimestres de forma a tornar o indicador menos oscilante. Em termos estatísticos, a poupança é definida como a parte do rendimento disponível que não é utilizada para consumo.

* Se os portugueses consomem a crédito porque razão podem poupar?

.

Sem comentários: