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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Brexit:
May admite que risco de sair
sem acordo está a aumentar
Theresa May admitiu que o risco do Reino Unido sair da UE sem acordo é maior e rejeitou tanto um novo referendo como ficar numa união aduaneira.
A primeira-ministra britânica admitiu esta
segunda-feira que o risco de uma saída sem acordo “acidental” da União
Europeia está a aumentar, rejeitando tanto um novo referendo como ficar
numa união aduaneira.
“Enquanto não concordarmos num acordo, o risco de uma ausência de acordo
acidental aumenta. Assim, o governo vai intensificar o seu trabalho em
preparação para esse resultado potencial”, avisou Theresa May.
A chefe do governo anunciou esta
segunda-feira na Câmara dos Comuns o adiamento da votação do acordo de
saída do Reino Unido da União Europeia (UE) devido ao risco de derrota,
Theresa May reiterou a convicção de que o texto pode ser aprovado “se
puder garantir garantias adicionais” sobre a questão da Irlanda do
Norte.
May disse que vai participar no Conselho Europeu de quinta e sexta-feira
em Bruxelas e tentar negociar com os homólogos de outros Estados
membros e dirigentes europeus “garantias adicionais” sobre a questão da
fronteira da Irlanda do Norte.
Mas a chefe do governo também avisou que o
parlamento enfrenta o dilema sobre a forma de concretizar o ‘Brexit’, e
se o quer fazer de forma ordeira, através de um acordo.
“Se a resposta for sim, e penso que essa é a resposta da maioria desta
Câmara, temos de nos questionar se estamos preparados para fazer um
compromisso”, defendeu, apontando os defeitos das alternativas.
Um segundo referendo, apontou, “arrisca-se a dividir o país de novo”,
ficar na união aduaneira “exigiria a livre circulação, o cumprimento de
regras em toda a economia e as contribuições financeiras em curso” e
sair sem um acordo “causaria um dano económico significativo a partes do
nosso país”.
Theresa May não soube precisar quando terá lugar o voto ao acordo,
alegando que vai depender das conversas com a União Europeia e a
República da Irlanda, que faz fronteira com a Irlanda do Norte e que
terá de aprovar o mecanismo para evitar controlos sobre o movimento de
bens e pessoas.
“Até essas discussões começarem, não é possível dizer quanto tempo vai
ser necessário. Já foram feitas referências à data de 21 de janeiro. Eu
quero trabalhar o mais rápido e urgentemente possível”, sublinhou.
A primeira-ministra referia-se ao prazo em que, de acordo com a
legislação, o governo teria de fazer uma declaração aos deputados caso
ainda não tivesse sido aprovado um acordo para a saída, mas o parlamento
indicou que esta data já não tem de ser cumprida porque o governo
entende que existe um acordo.
* Há pouco tempo destacámos esta possibilidade num comentário a notícia sobre o Brexit, parece que os britânicos estão empenhados em afundar a ilha.
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