26/04/2018

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HOJE NO 
"DINHEIRO VIVO"
Draghi despede-se do “apaixonado”
.Constâncio com vários elogios

Constâncio foi "fundamental" para o BCE e a tomada das muitas decisões desde 2010, disse Draghi. Elogiou a forma "apaixonada" como fez o seu trabalho. 

 A reunião de taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) foi a última de Vítor Constâncio, como vice-presidente, que deixa a instituição no final de maio. Estava na cúpula (conselho executivo) desde 2010. 
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O presidente, Mario Draghi, marcou o final do mandato do português, dizendo a Constâncio que ele foi “fundamental” no trabalho do BCE e na tomada das muitas decisões, sobretudo no combate à crise que assolou a zona euro nos últimos anos.

Constâncio será substituído no cargo pelo espanhol Luis de Guindos, a partir de 1 de junho próximo. Numa declaração final, Mario Draghi dirigiu-se ao seu ainda vice-presidente, dizendo que “você foi fundamental nas decisões que tomámos” e que “será lembrado pela paixão com que apresenta seus argumentos”. 

O italiano recordou que teve Constâncio ao seu lado nos últimos sete anos e que “muitas vezes discordámos de forma feroz” sobre as abordagens a tomar, mas também “concordamos com frequência” em muitos outros temas. Não disse quais. No fim, Draghi agradeceu ao português, que ficou visivelmente feliz, enchendo o peito, com as palavras do seu superior. 
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 Na conferência de imprensa, Vítor Constâncio recordou com orgulho os oito anos que esteve na cúpula do BCE, sempre como vice-presidente, mais os outros oito anos em que foi membro do conselho de governadores desta autoridade europeia em representação de Portugal (enquanto governador do Banco de Portugal, entre 2000 e 2009). 

 O economista português aludiu ainda aos seus “33 anos” de trabalho, no total, em bancos centrais, e rematou assim: “Vou sair com uma noção do trabalho quase feito e de que a política monetária nos próximos anos não será tão excitante como quando aqui cheguei.”

* Lembramo-nos dum caso excitante para VC, o caso BPN, para VC deve ter sido uma tesão, para os portugueses uma real tesura.
Como é que Draghi podia dizer mal dum "yes man"? Adeus oh vai-te embora...

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