HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
CP com mais passageiros
e menos prejuízos em 2017
As viagens de comboio foram mais rentáveis mas a pontualidade de serviço caiu, sobretudo nos serviços de longo curso.
A CP – Comboios de Portugal registou
prejuízos de 112 milhões de euros em 2017, redução de 32,6 milhões de
euros em comparação com 2016. A empresa pública transportou mais
passageiros e conseguiu aumentar as receitas por viagem, segundo o
relatório e contas publicado esta segunda-feira junto da Comissão do
Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Os rendimentos de tráfego aumentaram 8,5% para 249,9 milhões de euros e
“acompanharam a tendência de crescimento da procura”. O “maior peso
relativo dos títulos ocasionais e do serviço de longo curso” e o
“aumento nos tarifários dos serviços urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra”
também explicam o aumento da rentabilidade neste segmento.
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A CP transportou 122 milhões de
passageiros, mais 6,3% em comparação com 2016. O crescimento da procura
foi superior ao aumento dos lugares por quilómetro, graças ao aumento da
taxa de ocupação em todos os serviços (urbanos, regional e longo
curso). A empresa pública acrescenta que para estes resultados
“contribuíram, não só, as diversas ações de caráter comercial e de
combate à fraude como o incremento do turismo, o clima de paz laboral e a
recuperação dos indicadores económicos do país”.
O relatório e contas, no entanto, lembra vários desafios para o futuro da empresa e deixa recados para o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas. A administração da CP fala em “constrangimentos decorrentes do atrasos na concretização dos investimento na infraestrutura, da obsolência e vetustez do parque de material de tração diesel e do ritmo lento de rejuvenescimento do efetivo dos diferentes níveis e áreas funcionais”.
Estes constrangimentos contribuíram para a redução do índice de pontualidade (que mede os atrasos inferiores a 3 ou 5 minutos), sobretudo nos serviços de longo curso. “Os atrasos resultaram essencialmente de afrouxamentos impostos pela IP – Infraestruturas de Portugal (limitações de velocidade para trabalhos na infraestrutura), acidentes com pessoas e avarias de sinalização e de material motor.
Nos comboios Alfa Pendular, o índice de pontualidade caiu de 73,4% para 46,6%; nos comboios Intercidades, o índice de pontualidade desceu de 76,2% para 58%.
No final de 2017, a CP registava uma dívida de 2,6 mil milhões de euros.
A empresa tem recebido várias injeções de capital nos últimos anos para pagar dívidas.
* A situação ruinosa da CP deve-se ao facto de a maior parte dos administradores da empresa terem sido colocados pelos diversos governos do país apenas com o objectivo de fornecer um "tacho" a um correligionário, à TAP aconteceu o mesmo e continua a manter-se este regabofe em muitas empresas públicas. Índices de pontualidade de 46,6% e 58% são vergonhosos.
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