30/04/2018

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HOJE NO 
"DINHEIRO VIVO"
CP com mais passageiros
 e menos prejuízos em 2017

As viagens de comboio foram mais rentáveis mas a pontualidade de serviço caiu, sobretudo nos serviços de longo curso.

A CP – Comboios de Portugal registou prejuízos de 112 milhões de euros em 2017, redução de 32,6 milhões de euros em comparação com 2016. A empresa pública transportou mais passageiros e conseguiu aumentar as receitas por viagem, segundo o relatório e contas publicado esta segunda-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os rendimentos de tráfego aumentaram 8,5% para 249,9 milhões de euros e “acompanharam a tendência de crescimento da procura”. O “maior peso relativo dos títulos ocasionais e do serviço de longo curso” e o “aumento nos tarifários dos serviços urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra” também explicam o aumento da rentabilidade neste segmento.
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A CP transportou 122 milhões de passageiros, mais 6,3% em comparação com 2016. O crescimento da procura foi superior ao aumento dos lugares por quilómetro, graças ao aumento da taxa de ocupação em todos os serviços (urbanos, regional e longo curso). A empresa pública acrescenta que para estes resultados “contribuíram, não só, as diversas ações de caráter comercial e de combate à fraude como o incremento do turismo, o clima de paz laboral e a recuperação dos indicadores económicos do país”. 

O relatório e contas, no entanto, lembra vários desafios para o futuro da empresa e deixa recados para o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas. A administração da CP fala em “constrangimentos decorrentes do atrasos na concretização dos investimento na infraestrutura, da obsolência e vetustez do parque de material de tração diesel e do ritmo lento de rejuvenescimento do efetivo dos diferentes níveis e áreas funcionais”. 

Estes constrangimentos contribuíram para a redução do índice de pontualidade (que mede os atrasos inferiores a 3 ou 5 minutos), sobretudo nos serviços de longo curso. “Os atrasos resultaram essencialmente de afrouxamentos impostos pela IP – Infraestruturas de Portugal (limitações de velocidade para trabalhos na infraestrutura), acidentes com pessoas e avarias de sinalização e de material motor. 

 Nos comboios Alfa Pendular, o índice de pontualidade caiu de 73,4% para 46,6%; nos comboios Intercidades, o índice de pontualidade desceu de 76,2% para 58%. 

 No final de 2017, a CP registava uma dívida de 2,6 mil milhões de euros. 

A empresa tem recebido várias injeções de capital nos últimos anos para pagar dívidas.

* A situação ruinosa da CP deve-se ao facto de a maior parte dos administradores da empresa terem sido colocados pelos diversos governos do país apenas com o objectivo de fornecer um "tacho" a um correligionário, à TAP aconteceu o mesmo e continua a manter-se este regabofe em muitas empresas públicas. Índices de pontualidade de 46,6% e 58% são vergonhosos.

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