HOJE NO
"OBSERVADOR"
Chip implantado sob a pele que
.monitoriza consumo de álcool
.apresentado esta terça-feira
.monitoriza consumo de álcool
.apresentado esta terça-feira
Foi apresentado esta terça-feira um chip que monitoriza o consumo de álcool. O principal objetivo é que seja utilizado em doentes que estejam em programas de tratamento de abuso de substâncias.
Engenheiros da Universidade de San Diego, Califórnia, desenvolveram
um micro sensor que pode ser colocado sob a pele e monitorizar o consumo
de álcool, pensado para pessoas em programas de tratamento.
O minúsculo
sensor, que consome pouca energia e que pode ser usado continuamente
por um longo período, foi apresentado esta terça-feira numa conferência
em San Diego, nos Estados Unidos.
O chip, explicaram os
investigadores, é tão pequeno que pode ser implantado no corpo logo
abaixo da superfície da pele e é alimentado por uma ligação sem fios
através de um dispositivo como o “smartwatch”.
O objetivo final deste trabalho é desenvolver um rotineiro e não intrusivo rastreio de álcool e drogas, em doentes que estejam em programas de tratamento de abuso de substâncias”, disse Drew Hall, professor de engenharia elétrica na Universidade de San Diego e que liderou a investigação.
Até agora o chip já foi
testado num ambiente imitando o humano e no futuro será implantado em
animais. Os investigadores estão também a desenvolver versões que possam
vigiar outras moléculas e drogas no corpo.
O responsável lembrou
que há outras ferramentas para monitorizar pacientes em tratamento mas
que são todas elas menos convenientes, desde o “teste do balão”, que é o
mais comum mas que exige que o paciente se predisponha e saiba fazê-lo e
não é muito preciso, passando pela análise sanguínea, que é mais
precisa mas que exige a presença de um técnico especializado.
Uma
“alternativa promissora”, disse, são os sensores que se colocam na pele
semelhantes a uma tatuagem, mas também têm o inconveniente de poderem
ser removidos e além disso são de uso único.
Um minúsculo sensor implantado através de uma injeção, que pode ser colocado numa clínica sem necessidade de cirurgia, pode ser mais fácil para os doentes que estão a seguir um programa de monitorização durante um longo período”, disse Drew Hall.
O chip mede cerca
de um milímetro cúbico e pode ser injetado no fluido intersticial
(fluido que envolve as células do corpo). Contém um sensor e é revestido
com uma enzima que interage com o álcool para gerar um subproduto que
pode ser detetado eletroquimicamente. Os sinais elétricos são depois
transmitidos para um dispositivo via wireless.
Os
investigadores desenharam o aparelho para que consumisse a mínima
quantidade de energia possível, 970 nanowatts ao todo, cerca de um
milhão de vezes menos do que gasta um smartphone ao fazer uma chamada
telefónica.
“Não queremos que o chip tenha um impacto
significativo na vida útil da bateria. E a partir do momento em que o
implantamos não queremos que seja gerada em determinada parte do corpo
uma grande quantidade de calor, nem queremos uma bateria potencialmente
tóxica”, justificou.
* Ciência maravilhosa porque não se apoia em dogmas ou exorcismos religiosos.
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