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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Seiscentos cata-ventos expostos na Calheta concorrem ao Guinness
Tal
como o DIÁRIO já havia noticiado na sua edição de ontem, quinta-feira,
seiscentos cata-ventos construídos por crianças e idosos estão desde
hoje expostos junto à Câmara Municipal da Calheta, numa iniciativa que
simboliza a descoberta do arquipélago e que se pretende integrar no
Livro de Recordes do Guinness.
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“São 600 cata-ventos numa alusão
aos 600 anos da descoberta das ilhas do Porto Santo e da Madeira”, que
hoje foram instalados, explicou à Lusa Alexandrina Ladeira, professora
que integra a organização da iniciativa.
As peças, instaladas no
jardim em frente à Câmara Municipal da Calheta, fazem parte da VI Mostra
de Espantalhos e Cata-ventos, existindo a intenção da Associação Centro
de Estudos e Desenvolvimento de Educação, Cultura e Social de
candidatá-las ao Livro dos Recordes.
“Outra das ideias por detrás do projecto é tentar colocar o projecto no Guinness”, disse.
A candidatura vai acontecer nos próximos dias.
Nesta mostra participaram todas as escolas do primeiro ciclo do concelho da Calheta, bem como oito centros sociais.
Além
dos objectivos do âmbito da Educação Visual, da Educação Tecnológica e
da Educação Ambiental, a iniciativa envolve várias gerações, num
reavivar das tradições.
“A ideia partiu de ‘workshops’ realizados
nas escolas onde era explicado a cada criança como fazer um cata-vento,
tendo-se replicado o conceito nos centros sociais”, explicou.
De
acordo com a responsável “mais de 300 pessoas terão estado envolvidas,
desde os mais novos, com cerca de seis anos, até a uma senhora de 89
anos”.
“Todos os materiais usados na execução foram provenientes de desperdício e, alguns deles, naturais”, explicou.
A
zona da Calheta sempre teve um papel importante na agricultura na
Madeira, sobretudo pela cana sacarina e pelos cereais, sendo que “os
espantalhos e os cata-ventos, outrora também conhecidos por taramelas,
desempenharam um papel importante afugentando os pássaros e coelhos que
danificavam as culturas.”.
* Só os cata-ventos não são fúteis, mais as pessoas que os construiram.
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