HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Portugal vai escolher próximo
.secretário-executivo da CPLP
O
ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse que
Portugal vai nomear um representante para assumir o
secretariado-executivo da CPLP, como ficou previsto há cerca de dois
anos.
"Nós,
na próxima cimeira tomaremos a decisão em relação ao próximo
secretário-executivo", disse Santos Silva em declarações aos jornalistas
à margem da visita de Estado de três dias que o presidente da
República, Marcelo Rebelo de Sousa, está a efetuar em São Tomé.
A próxima cimeira da CPLP realiza-se nos dias 17 e 18 de julho, em Santa Maria, na ilha cabo-verdiana do Sal.
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CAMÕES EM TRANSE |
A escolha da
personalidade que iria suceder ao moçambicano Murade Murargy no
secretariado-executivo da CPLP causou mal-estar na comunidade, depois de
alguns países terem invocado a existência de um "acordo de cavalheiros"
segundo o qual Portugal abdicava de ocupar este cargo por acolher a
sede da organização em Lisboa.
Segundo a sucessão, que decorre normalmente por ordem alfabética, caberia a Portugal assumir o lugar no biénio 2017-2018.
Durante
uma reunião dos chefes da diplomacia da CPLP em Lisboa, em março de
2016, o Governo português cedeu a vez a São Tomé e Príncipe - o país que
se seguiria a Portugal -, ficando desde logo acordado que aquele país
africano abdicaria de renovar o mandato, como tradicionalmente acontece.
Na
ocasião, o ministro Augusto Santos Silva explicou que a decisão
pretendia garantir que um país africano ocupasse um dos dois cargos de
responsabilidade da CPLP, já que o Brasil assumiu a presidência "pro
tempore" entre 2016 e 2018.
São Tomé indicou então Maria do Carmo Silveira, que assumiu o cargo de secretária-executiva em janeiro de 2017.
No
âmbito da proposta de Lisboa, caberá a Portugal escolher o próximo
secretário-executivo, no biénio 2019-2020. Cabo Verde ficará com a
presidência da organização, após a cimeira de chefes de Estado e de
Governo de julho próximo.
Questionado
pela Lusa sobre o assunto, o primeiro-ministro são-tomense, Patrice
Trovoada, tinha remetido uma decisão para Portugal e manifestou-se
disposto a cumprir o acordo que foi estabelecido antes da cimeira da
CPLP de 2016, em Brasília.
Integram a
CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
* Para aumentar a canhestrice da CPLP podiam nomear o representante da Guiné Equatorial que não sabe uma palavra de português.
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