A coragem de reinventarmos o futuro
Uma firme convicção nos une: a ideia de que o bom jornalismo e as grandes marcas de comunicação social têm sempre lugar
Olhar as Estrelas.
Foi este o título que escolhi para editorial quando, em agosto de 2016,
assumi funções como diretora da VISÃO. Sabíamos bem – eu e o Rui
Tavares Guedes, companheiro de direção – que os tempos que nos esperavam
nos media não seriam fáceis. Sabíamos que os jornalistas são hoje,
parafraseando o poema de Sophia de Mello Breyner, como “os que avançam
de frente para o mar” e “vivem de pouco pão e de luar”. Sabíamos que as
noites seriam escuras e os mares potencialmente revoltos. Só que nós,
teimosamente, em vez de nos deixarmos paralisar pelos perigos e maus
augúrios, preferimos focar-nos nas estrelas. Dissemo-lo ao início,
mantivemo-lo durante os últimos quatro meses em que o futuro da VISÃO
esteve incerto, depois de a Impresa ter anunciado que pretendia
desfazer-se da sua unidade de revistas. Hoje, terça-feira, dia 2, raiou o
dia depois de uma noite escura em que atravessámos mares revoltos –
começou uma nova vida para a VISÃO. Com um novo acionista e uma nova
empresa, mas com o mesmo compromisso de sempre com o leitor e o
essencial: a independência, o rigor, a qualidade, a credibilidade, o
espírito de missão de um título que celebra dentro de meses o seu 25º
aniversário.
A partir desta semana, há um novo grande grupo de
comunicação social em Portugal. A Trust in News Unipessoal Lda., detida a
100 por cento por Luís Delgado, adquiriu as 12 revistas da Impresa
Publishing – VISÃO, VISÃO História e VISÃO Júnior, e ainda o Jornal de
Letras, Activa, Caras, Caras Decoração, Courrier Internacional, Exame,
Exame Informática, TeleNovelas e TV Mais. O negócio, assinado agora, faz
da Trust in News o maior grupo de imprensa escrita em Portugal: 12
títulos, com uma circulação paga conjunta de 326 mil exemplares, segundo
o último relatório da APCT, e um universo de leitores que ultrapassa os
1,7 milhões, de acordo com os dados do Bareme Imprensa, além de 1,347
milhões de seguidores no Facebook e 114 mil seguidores no Instagram.
Uma
empresa com cerca de 180 trabalhadores e uma posição única na área dos
media, detentora de várias marcas de referência, que merecem a confiança
dos portugueses, com mais de 103 mil assinantes que são leitores fiéis.
Uma firme convicção nos une: a ideia de que o bom jornalismo e as grandes marcas de comunicação social têm sempre lugar.
A imprensa tem, é verdade, de revisitar modelos de negócio e criar valor de formas mais criativas, e sabemos por onde ir. Estamos prontos para os desafios que o mundo digital nos coloca, onde temos muitas ideias e projetos, mas acreditamos – imagine-se! – que o papel ainda tem muito futuro: um futuro promissor, assente na qualidade, para leitores exigentes que querem profundidade e opções alternativas que vão além do instantâneo digital.
Aproveito as palavras do Presidente da República no seu discurso de Ano Novo – é preciso “a coragem de reinventarmos o futuro”. Referiam-se a Portugal e aos portugueses, e sentimo-las também como nossas – pareciam ter sido escritas para nós. O País precisa de media de qualidade, a democracia precisa de uma comunicação social forte e independente. Determinação e ideias não nos faltam. Sigamos pois adiante neste rumo, com as estrelas como guias.
. * DIRECTORA
IN "VISÃO"
04/01/17
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Uma firme convicção nos une: a ideia de que o bom jornalismo e as grandes marcas de comunicação social têm sempre lugar.
A imprensa tem, é verdade, de revisitar modelos de negócio e criar valor de formas mais criativas, e sabemos por onde ir. Estamos prontos para os desafios que o mundo digital nos coloca, onde temos muitas ideias e projetos, mas acreditamos – imagine-se! – que o papel ainda tem muito futuro: um futuro promissor, assente na qualidade, para leitores exigentes que querem profundidade e opções alternativas que vão além do instantâneo digital.
Aproveito as palavras do Presidente da República no seu discurso de Ano Novo – é preciso “a coragem de reinventarmos o futuro”. Referiam-se a Portugal e aos portugueses, e sentimo-las também como nossas – pareciam ter sido escritas para nós. O País precisa de media de qualidade, a democracia precisa de uma comunicação social forte e independente. Determinação e ideias não nos faltam. Sigamos pois adiante neste rumo, com as estrelas como guias.
. * DIRECTORA
IN "VISÃO"
04/01/17
** Desejamos à direcção da "VISÃO" e aos seus trabalhadores uma excelente "reinvenção do futuro", somos leitores da revista ainda não havia internet, pertencia à "Projornal", embora apreensivos temos esperança.
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