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Impresa arrecada 10,2 milhões com
venda de revistas a Luís Delgado
Grupo esclarece que foi feita uma “cedência definitiva de ativos” e os trabalhadores “ficam com os mesmos direitos”.
Em causa estão títulos como a Caras, a Visão, a Activa Caras Decoração, a Corrier Internacional, a Exame, a Exame Informática, o Jornal de Letras, a TeleNovelas, a TV Mais, a Visão História e a Visão Junior. Com uma estratégia assumidamente virada para “as componentes do audiovisual e do digital”, o grupo Impresa fica com a SIC, com o Expresso – onde pretende “apostar na versão impressa” –, e com a Blitz.
O contrato de transmissão do negócio a favor da sociedade de Luís Delgado faz parte da concretização do Plano Estratégico para triénio 2017-2019, e do reposicionamento da atividade da Impresa. O i questionou o grupo de Balsemão sobre a possibilidade de ter sido feita uma cedência de marcas, que poderia ser temporária ou definitiva. Em resposta, a Impresa sublinha que se trata “cedência definitiva de ativos” e esclarece que “os trabalhadores que integram a transmissão ficam com os mesmos direitos, que são assumidos pelo comprador”.
Em comunicado, o grupo de Balsemão refere ainda que estas revistas vão, para já, manter-se no edifício em Paço de Arcos, de forma a “facilitar a mudança nos próximos meses”. E, “integrarão o novo grupo editorial todos os trabalhadores da Impresa Publishing afetos às marcas alienadas, incluindo jornalistas, gráficos e comerciais, e que foram contratados outros que pertencem à estrutura da organização”.
Já a Trust in News sublinha que contará com cerca de 180 postos de trabalho. Como? De acordo com a empresa de Luís Delgado, “transitaram para o novo grupo de comunicação social todas as equipas de redação dos 12 títulos e foram feitas dezenas de outras contratações”.
Assim, a empresa pretende assumir-se como um “novo e grande grupo de comunicação social em Portugal”, o “maior grupo de imprensa escrita em Portugal”. Outra das novidades é que Mafalda Anjos, diretora da Visão, ficará também como publisher de todos os títulos que foram alienados.
* Há algum requiem apropriado para se tocar ao fim da liberdade de órgãos de comunicação social?
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