HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Bloomberg:
Na bolsa portuguesa, ganha-se
mais dinheiro “em família”
A maioria das cotadas com melhor desempenho este ano é parcialmente controlada pelo fundador ou por membros da família.
Num artigo publicado esta quarta-feira, 20
de Dezembro, a Bloomberg conclui que quando se trata de investir em
Portugal, os laços familiares "são chave".
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Isto
porque olhando para o PSI-20 – que está a ter o seu melhor ano em
relação ao Stoxx600 desde 2007 – a maioria das cotadas com melhor
desempenho são empresas parcialmente controladas pelo fundador ou seus
descendentes. De acordo com a agência norte-americana, metade das
actuais 18 cotadas do índice nacional têm um fundador ou membro da
família como principal accionista.
A
líder destacada de 2007 é a Mota-Engil, que ganha mais de 132% desde o
início do ano, um dos exemplos de uma empresa que continua sob a
influência de uma família: o chairman, António Mota, é filho do fundador
da construtora.
"Com o risco de investir em
Portugal a diminuir, as empresas familiares, mais pequenas, tornaram-se
ímanes para os investidores", refere Paulo Monteiro, gestor do fundo
Invest Ibéria, citado pela agência noticiosa. "As empresas familiares
oferecem uma vantagem: muitas vezes têm uma orientação de negócio de
longo prazo".
A Bloomberg destaca ainda a
Altri, a Navigator e a Semapa – detida maioritariamente pela família
Queiroz Pereira – com subidas de 41,8%, 34,9% e 33,3% este ano,
respectivamente.
Entre os melhores
desempenhos contam-se ainda a Corticeira Amorim e a Sonae, controladas
pelas famílias Amorim e Azevedo, que também superaram a evolução do
PSI-20. Até ao momento, o principal índice nacional acumula uma
valorização de quase 16,5% desde o início do ano.
Segundo
a agência noticiosa, em 2017 trocaram de mãos 92,5 milhões de acções do
PSI-20 por dia, em média, o que representa uma subida de 9% face à
média do ano passado.
A Bloomberg recorda
que, em meados de Dezembro, o Banco de Portugal reviu em alta as
estimativas de crescimento para a economia este ano para 2,6% - o melhor
ritmo em 17 anos – e que, depois da Standard & Poor’s, em Setembro,
também a Fitch retirou Portugal do "lixo", no final da semana passada.
* Em Portugal nas vigarices e acções fraudulentas os laços familiares também "são chave".
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