17/12/2017

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ESTA SEMANA 
NA "SÁBADO"
SEF identifica quase 
cinco mil prostitutas em cinco anos

Desde 2012, o SEF já identificou 4936 prostitutas, 26 das quais envolvidas em redes de tráfico de pessoas.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) recebe 40 denúncias de crime lenocínio por mês - e, nos últimos cinco anos, já identificou 4936 prostitutas, 26 das quais envolvidas em redes de tráfico de pessoas.
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Segundo números revelados pelo SEF ao Jornal de Notícias no Dia Internacional Contra a Violência sobre Trabalhadores do Sexo, desde 2012 até hoje já foram detidos 23 proxenetas, suspeitos de lucrarem com a prostituição de mulheres ou homens, e encerraram 10 estabelecimentos com alegada actividade ligada ao lenocínio e à emigração ilegal.

Também foi detectado o crime de lenocínio em três casas particulares - e o SEF acredita que esse número irá aumentar. "Em termos de evolução, deparamo-nos com uma mudança. Tínhamos mais situações de prostituição de rua e de casas de alterne. Mas, actualmente, os casos mais denunciados têm a ver com apartamentos e casas particulares. Há vários factores que explicam essa mudança e um deles tem a ver com a dificuldade das polícias em chegar a estas casas, por vezes isoladas. Acabam por não serem locais abertos ao público", diz fonte do SEF ao JN.

Regra geral, as denúncias que chegam ao SEF são anónimas. "Algumas têm pernas para andar, outras não e outras são situações de má vizinhança", disse a mesma fonte, garantindo que todas são tratadas e remetidas ao Ministério Público. "Normalmente são uma dezena por semana", concretiza.

* As prostitutas são uma questão social preocupante enquanto usadas como objectos de despejo, também sofredoras da exploração comercial e alvo de desprezo das comunidades, poucos são os que se lembram de que a maioria das mulheres foram abruptamente atiradas para aquela situação.

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