ESTA SEMANA
NA "SÁBADO"
SEF identifica quase
cinco mil prostitutas em cinco anos
Desde 2012, o SEF já identificou 4936 prostitutas, 26 das quais envolvidas em redes de tráfico de pessoas.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) recebe 40 denúncias
de crime lenocínio por mês - e, nos últimos cinco anos, já identificou
4936 prostitutas, 26 das quais envolvidas em redes de tráfico de
pessoas.
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Segundo números revelados pelo
SEF ao Jornal de Notícias no Dia Internacional Contra a Violência sobre
Trabalhadores do Sexo, desde 2012 até hoje já foram detidos 23
proxenetas, suspeitos de lucrarem com a prostituição de mulheres ou
homens, e encerraram 10 estabelecimentos com alegada actividade ligada
ao lenocínio e à emigração ilegal.
Também foi detectado o crime de lenocínio em três casas particulares - e
o SEF acredita que esse número irá aumentar. "Em termos de evolução,
deparamo-nos com uma mudança. Tínhamos mais situações de prostituição de
rua e de casas de alterne. Mas, actualmente, os casos mais denunciados
têm a ver com apartamentos e casas particulares. Há vários factores que
explicam essa mudança e um deles tem a ver com a dificuldade das
polícias em chegar a estas casas, por vezes isoladas. Acabam por não
serem locais abertos ao público", diz fonte do SEF ao JN.
Regra
geral, as denúncias que chegam ao SEF são anónimas. "Algumas têm pernas
para andar, outras não e outras são situações de má vizinhança", disse a
mesma fonte, garantindo que todas são tratadas e remetidas ao
Ministério Público. "Normalmente são uma dezena por semana", concretiza.
* As prostitutas são uma questão social preocupante enquanto usadas como objectos de despejo, também sofredoras da exploração comercial e alvo de desprezo das comunidades, poucos são os que se lembram de que a maioria das mulheres foram abruptamente atiradas para aquela situação.
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