NO PANTEÃO
– Guerra Junqueiro– Finis Patriae!!! já não há paz, nem no sepulcro… jantaradas… eram padres, de certeza!
– Teófilo Braga– Fosse comigo! Que descaro, que falta de tradições, que pobreza de lingajar!
– Manuel de Arriaga– Óh homem, você cale-se! Não percebe nada de política…
– Teófilo Braga– Ah, pois parece que o meu caro amigo é que percebe, não? Lá porque foi o primeiro…
– Manuel de Arriaga– Bem, pelo menos não fiz cair o meu próprio governo, não é?
– Eusébio– E nem uns tremocinhos…
– Sidónio– Pouco barulho, vós dois! ou corro-vos à chibatada!
[coro dos mortos, excepto Carmona] – óh pascácio, vai pra fila da sopa e cala a matraca! ainda levas mas é um tiros nos cornos…
– Carmona– Cambada de comunistas! Óh Sidónio, e mandarmos estes gajos todos pró Tarrafal?
– Humberto Delgado– Tentem! tentem! Que aqui ninguém tem medo!!!
– Sophia– Tarrafal? Onde fica isso?
– Amála– Ai filha, em Espanha é que não fica…
– Sophia– Que quer a Senhora dizer com isso?
– Amália– Ai, Mouraria…
– Sophia– Explique-se, vá!
– Eusébio– E nem uns tremocinhos…
– Amália– Isto aqui é “Uma casa Portuguesa”, não há cá prémios de rainhas estrangeiras… olha a catraia…
– João de Deus– Meninas! vá… vamos pela Cartilha, sim, com brandura…
– Garrett– eEu era mais à volta do meu quarto…
– Eusébio– E nem uns tremocinhos…
– Aquilino– E você a dar-lhe com os tremoços! não se pilha mais nada, por estes brejos?
Obrigado ALDA T. pelo envio
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