ESTA SEMANA
NA "SÁBADO"
O que fazer com os jihadistas
que voltarem a Portugal?
Em Portugal, há sete jihadistas que estão a ser alvo de investigação
judicial. Face à crescente perda pelos terroristas de territórios antes
controlados pelo grupo Estado Islâmico (caso de Raqqa, na fotogaleria
acima), vários combatentes que saíram da Europa e enveredaram pela jihad consideram voltar aos seus países de origem, acompanhados pelas famílias.
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Tal
pode acontecer no nosso país. Por isso, no mês de Outubro, elementos da
Polícia Judiciária, PSP, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF),
da GNR e do Instituto de Apoio à Criança (IAC) participaram numa
reunião da Radicalisation Awareness Network (RAN, que significa rede de
sensibilização para o radicalismo) com vista a definir as medidas a
tomar caso os jihadistas portugueses regressem ao país-natal, e para
prevenir e combater a radicalização, indica o Diário de Notícias.
Foram analisados os exemplos de outros países, como Alemanha, Holanda,
Bélgica e França, que já estão a lidar com o retorno de jihadistas.
O
mesmo jornal indica que caso os jihadistas sejam detectados em
território nacional, é cumprido o mandado de detenção internacional. Já
as suas famílias serão alvo de uma análise concreta, sendo que as
autoridades pretendem criar uma relação com os familiares e
disponibilizar tratamentos de saúde mental e outros apoios.
A
PJ, que é o ponto de contacto da RAN em Portugal, confirmou-o ao DN: "A
RAN entende que as autoridades de aplicação da lei, as famílias e os
profissionais que mais de perto lidam e trabalham com estruturas
familiares podem ser parceiros poderosos e importantes na prevenção da
radicalização".
Para o IAC, faltam acções de formação concreta
para quem vai para o terreno. António Nunes, presidente do Observatório
para a Segurança, Terrorismo e Criminalidade, defendeu que se deve
tentar, acima de tudo, "a desradicalização e a reintegração destes
jihadistas".
* Jihadistas regressam a Portugal? Prisão com eles.
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