HOJE NO
"OBSERVADOR"
Proprietário de editora recusa ser “carrasco” no processo que envolve
Tony Carreira
Num comunicado emitido esta quinta feira, o proprietário da editora Companhia Nacional de Música afirma que o titular do processo judicial que envolve Tony Carreira é o Ministério Público.
“O senhor Tony Carreira tenta passar, constantemente, a imagem de que
este processo judicial é entre mim, o carrasco, e ele, a vítima. Está
equivocado. O titular do processo é o Ministério Público, não eu, nem a
CNM, que o acusou depois de análise criteriosa dos factos e das provas
que congregou.
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Dizer o contrário é menosprezar uma instituição que
deveria merecer o maior respeito”, refere Nuno Rodrigues, em nota
escrita enviada esta quinta feira à agência Lusa, naquela que é a
primeira vez que fala publicamente do assunto.
Em agosto deste
ano, o MP acusou Tony Carreira de plagiar 11 músicas de autores
estrangeiros, com a colaboração do compositor Ricardo Landum, também
arguido, considerando que se “arrogaram autores de obras alheias” após
modificarem os temas originais, na sequência de uma queixa-crime
apresentada em agosto de 2012 pela CNM.
“Os ilícitos praticados constituem crimes públicos, pelo que este
processo poderia ser iniciado seja por quem for. Esta lei é a mesma que
permite que os representantes do senhor Tony Carreira façam queixa às
autoridades, quando descobrem CD piratas contendo canções interpretadas
por ele, ou que façam idênticas queixas de donos de restaurantes e
bares, cujos aparelhos de rádio e televisão transmitem, também, músicas e
atuações desse senhor. A lei é igual para todos num Estado de Direito”,
sustenta Nuno Rodrigues.
O dono da editora conta a sua versão dos
factos sobre um anterior diferendo judicial com o cantor, relacionado
com a edição de um CD: Os melhores covers de Tony Carreira.
“A
vítima aqui sou eu. Foi o advogado de Tony Carreira, afirmando atuar em
seu nome e em sua representação, que escreveu aos meus retalhistas
exigindo que deixassem de vender um disco editado pela CNM — ‘Os
melhores covers de Tony Carreira’ – absolutamente lícito e sobre o qual
paguei todas as remunerações devidas ao então criador Tony Carreira e à
Sociedade Portuguesa de Autores”, explica Nuno Rodrigues, salientando
que a situação “obrigou a CNM a encerrar a atividade como editor de
‘covers’ com os enormes prejuízos, incluindo o do seu bom nome”.
O
proprietário da editora recorda as declarações públicas de Tony
Carreira, onde admite que “os plágios resultaram de pecados da juventude
cometidos há vinte anos e resolvidos há dez” anos.
“Basta, no
entanto, ver as datas que constam dos autos dos dois processos para
concluir que tal não é verdade. Assim, foi só em 2010 que aceitou não
ser autor das canções ‘Ai destino, ai destino’ e ‘A estrada e eu’, para
só em 2013 admitir que também não é o autor de ‘Depois de ti, mais
nada’, ‘Se acordo e tu não estás’ e de ‘Sonhos de Menino’. Ou seja, são
estas as datas das alterações de autores na Sociedade Portuguesa de
Autores”, frisa Nuno Rodrigues.
Na declaração enviada à Lusa, o
editor nega que se tenha encontrado com Tony Carreira no Campus da
Justiça, em Lisboa, e pedido ao músico 30.000 euros para acabar com o
processo.
Em setembro, em entrevista à TVI, o cantor acusou Nuno
Rodrigues lhe ter proposto que, caso lhe desse “30.000 euros o processo
ficava por ali”, acrescentando que essa “conversa” ocorreu no Campus da
Justiça, onde fica o Departamento de Investigação e Ação Penal de
Lisboa.
“Disse esse senhor que se encontrou comigo, no Campus da
Justiça, e que eu, um chantagista, lhe tinha pedido 30.000 euros para
desistir da queixa. Poucos dias depois veio a saber-se que tal encontro
nunca existiu, nunca estive com ele, nunca falei com ele. O que se
passou foi uma iniciativa do MP ao propor às partes, em dois dias
diferentes, como tantas vezes acontece noutros processos, uma suspensão
provisória, incluindo verbas para uma instituição de saúde”, relata o
proprietário da CNM.
Tony Carreira e Ricardo Landum pediram a
abertura de instrução, estando a aguardar-se pelo início das diligências
instrutórias, que irão decorrer no Tribunal de Instrução Criminal de
Lisboa.
* Como cantor Tony Carreira é um intérprete pífio o mesmo se passando com os seus jovens herdeiros, qualquer jovem que tenha passado nas provas cegas do "The Voice" este ano canta melhor que os três juntos.
Dizem que todos são boas pessoas e ainda bem.
TC tem uma brutal máquina de propaganda que lhe tem garantido bons espectáculos no que se refere a assistência, nas televisões tem bons amigos e há uma cadeia de distribuição que o promove como subproduto para vender os verdadeiros produtos além de brincar à caridadezinha.
Posto isto digamos que plagiar é crime e atirar culpas para cima de terceiros devia ser, a justiça em Portugal tem várias sensibilidades e até há quem recorra à biblia e a códigos do séc. XIX para despenalizar homens e censurar mulheres, tudo é possível até TC ir festejar para uma arena qualquer a sua "inocência" pujante de assistência histereofónica.
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