05/09/2017

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/ 
/DA MADEIRA"


Príncipe sensibilizado com homenagem,
.não esquece vítimas do Monte

Foi com boa tarde e obrigado ditos em português que Alberto II do Mónaco começou e terminou o discurso no Funchal, palavras proferidas em francês e traduzidas para os presentes, durante a cerimónia de atribuição do nome Largo Príncipe Alberto I do Mónaco ao largo junto aos jardins do Lido. A homenagem ao trisavô do actual monarca, navegador oceanográfico e ilustre visitante do Funchal, diz a placa descerrada esta terça-feira na presença de Alberto II e da comitiva, foi assinalada com uma peça em baixo relevo da autoria da escultora Manuela Aranha. Na ocasião, o trineto disse-se sensibilizado e não esqueceu de endereçar umas palavras de pesar para as vítimas da queda da árvore no passado dia 15 de Agosto no Largo da Fonte.
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Remonta a 1879 a ligação do trisavô à Madeira, Alberto II recordou-a e destacou a “influência decisiva” que a ilha teve sobre o decurso da sua vida e recomendou um desenvolvimento equilibrado entre o turismo e a natureza.

Depois de falar sobre os grandes desafios que são a protecção do planeta através da luta contra as alterações climáticas, preservação da biodiversidade e da água, disse: “A preservação do vosso meio ambiente, que é um laboratório para estes três desafios do nosso tempo, deve, evidentemente, conjugar-se com um desenvolvimento turístico razoável, imprescindível para o desenvolvimento económico”.

Foi na ilha que Alberto I conheceu a sua mulher e foi também cá que desenvolveu parte do seu trabalho ligado ao conhecimento do mar. Durante a sua vida, seis das suas explorações científicas incluíram a Região e foi durante estas viagens e outras que desenvolveu uma relação com o território e com a população, “hoje decerto remota, mas profunda e genuína”, afirmou Alberto II.

Programa cheio
O príncipe chegou por volta das 14 horas à Madeira para uma visita de três dias, que inclui ainda hoje um jantar e amanhã uma visita ao Monte. “Não gostaria de concluir estas palavras de agradecimento sem endereçar um pensamento comovido às vítimas do acidente do passado dia 15 de Agosto”.

No roteiro está ainda uma deslocação às ilhas Desertas. O Funchal é o ponto de partida para uma expedição oceanográfica de três anos à volta do Mundo lançada pelo príncipe em parceria com o governo do seu país e com fundações, recuperando assim uma herança deixada pelo trisavô.

Com o lançamento desta expedição do navio dá continuidade à tradição das expedições científicas do Mónaco contribuindo para a pesquisa e para o esclarecimento do público no sentido de um desenvolvimento sustentável.

* Os príncipes do Mónaco estiveram sempre muito focados na preservação e pesquisa dos mares. O museu oceanográfico do Principado  merece mais do que  uma visita.

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